A Broadcom, uma das maiores fabricantes de chips do mercado, confirmou nesta quinta-feira (26) um acordo de US$ 61 bilhões pela aquisição da VMware, que atua na área de computação em nuvem.

Considerada a maior oferta já feita pela companhia para diversificar os seus negócios, a aquisição é a segunda maior anunciada até aqui em 2022, atrás apenas do acordo de US$ 68,7 bilhões firmado entre a Microsoft e a Activision Blizzard.

Logotipo da empresa de chips Broadcom
A aquisição é a segunda maior anunciada até aqui em 2022. Imagem: Dennis Diatel/Shutterstock

A notícia fez as ações da fabricante de chips fecharem em alta de 3,5% no pregão de ontem. Já os papéis da VMware, que se desvinculou da Dell no ano passado, subiram 3,1%.

Aposta no setor de software

O acordo deve triplicar a receita de software da Broadcom para cerca de 45% das suas vendas, reforçando a posição da empresa como um “importante player” neste mercado, comentou Daniel Newman, analista da Futurum Research.

O acordo ocorre em meio à pressão do governo americano e dos reguladores por mais concorrência em todos os setores, especialmente no de tecnologia.

“A Federal Trade Commission (FTC) vai querer entender se essa consolidação afetaria a concorrência e os preços em geral, especialmente neste ambiente inflacionário”, disse Josh White, ex-economista da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC).

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Negócio ainda não foi fechado

A VMware ainda pode avaliar outras ofertas de concorrentes por 40 dias como parte do acordo comercial. Se a empresa escolher outro comprador após esse período, terá que pagar à Broadcom US$ 1,5 bilhão como taxa de desmembramento.

A nova investida da Broadcom no setor de software veio após uma tentativa frustrada de comprar outra gigante dos chips, a Qualcomm. O negócio foi suspenso por Donald Trump em 2018 por “motivos de segurança nacional”.

Desde então, a Broadcom assumiu a empresa de software CA Technologies por US$ 18,9 bilhões e também adquiriu a divisão de segurança da Symantec por US$ 10,7 bilhões. 

Via: Reuters

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