Segunda-feira, Novembro 25, 2024
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O melancólico show de recordes do Fluminense na Sul-Americana

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O histórico do Fluminense é rico em momentos que desafiam a lógica, mas andar na corda-bamba das probabilidades matemáticas pode ser tarefa inglória. Nesta quinta-feira, o Tricolor flertou novamente com um “milagre” apenas para acabar com uma série de marcas e recordes como prêmio de consolação.

Nem mesmo o próprio Fluminense parecia acreditar em uma improvável vaga. A torcida pelo empate entre Unión e Junior Barranquilla era a parte mais fácil das contas. Além disso, o Tricolor precisava golear, fora de casa, o Oriente Petrolero, por no mínimo 6 a 0. Fernando Diniz optou por levar um time misto para a Bolívia, e acabou por atingir a meta mais difícil, única que dependia exclusivamente da equipe, vencendo por 10 a 1. A classificação foi frustrada pela vitória do Unión sobre o Junior.

O 10 a 1 na Bolívia estabeleceu um novo recorde em competições da América do Sul. Como visitante, ninguém havia conseguido um placar tão dilatado como o do Fluminense em Santa Cruz de la Sierra. No top das maiores goleadas sul-americanas só aparecem vitórias “caseiras”.

A maior goleada da história ainda é do Peñarol sobre o Valencia, pela Libertadores de 1972, mas apenas pelo critério de desempate de gols marcados: 11 a 2. Seguindo o mesmo critério, o Flu estaria na segunda posição.

Foi a maior goleada do Fluminense no século. Com nove gols de diferença, a última goleada em jogos oficiais havia sido em 1976, contra o Goytacaz, pelo Carioca (9 a 0). Goleada com maior diferença de gols? A última havia sido em 1946, 11 a 1 sobre o Bangu, também pelo Carioca.

Matheus Martins repete João Pedro em sua estreia como titular

Xerém tem revelado atacantes promissores ano a ano, e Matheus Martins é mais um da fábrica de talentos de quem se espera muito. Aos 18 anos, o atacante teve sua primeira chance como titular na carreira. Repetiu a história de João Pedro com um hat-trick.

As histórias são incrivelmente semelhantes. Em 2019, João Pedro começou a ganhar as primeiras oportunidades em campo no Fluminense entrando nos minutos finais das partidas. Fez o suficiente para marcar seus gols e convencer o técnico a o escalar como titular na Sul-Americana. Marcou logo três gols na sua primeira partida como titular. O treinador responsável por dar a oportunidade ao garoto? Fernando Diniz.

Ao contrário de João Pedro, que havia marcado quatro gols antes de sua estreia como titular, Matheus Martins ainda devia gols. Mas, como João, não falhou ao ter oportunidade com Diniz. O primeiro gol profissional foi seguido pelo segundo e terceiro, e se tornou também no primeiro “hat-trick” da joia, que costuma atuar pelas pontas, ao contrário de João Pedro.

Matheus Martins, de 18 anos, se tornou também no segundo mais jovem a anotar um hat-trick pelo Fluminense na Copa Sul-Americana… Atrás de João Pedro, hoje no Watford, da Premier League (rebaixado para a próxima temporada).

Para Matheus Martins, a noite foi certamente de comemoração, e o torcedor do Fluminense terá de se contentar com a esperança de revelação de novo talento para o profissional… Ou de entrada de alguns milhões na conta do clube no futuro. Um prêmio de consolação para uma noite histórica com sabor amargo.

Fonte: Ogol

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