Depois de um primeiro teaser na metade do mês, a Fisker está de volta exibindo seu Pear. Desta vez, dá para ter uma ideia melhor de como ele vai parecer.
Este é o primeiro teaser:
Este é o novo, apresentando no Instagram do próprio dono da montadora, Henrik Fisker:
“Carro elétrico por menos de US$ 29.900 e Revolucionário! Estamos trabalhando à toda velocidade em redefinir como fazer um carro barato. Reduzindo peças, fazendo eles simples. Adicionando tecnologia & características únicas para substituir tradição! Eu espero, vamos mostrar um protótipo PEAR mais cedo do que falei antes”, afirma Fisker (mantivemos a grafia dele).
PEAR (em maiúsculas) não vem da fruta, a pera, mas é uma sigla de Personal Electric Automotive Revolution (“Revolução Automotiva Elétrica Pessoal”). Um nome realmente pretensioso para uma montadora quase idealista.
O dinamarquês Henrik Fisker criou sua fama como funcionário de outras empresas, desenhando os hoje clássicos BMW Z8 e o Aston Martin DB8. Em 2007, criou sua própria marca, a Fisker Automotive, que produziu o esportivo híbrido Fisker Karma. A empresa declarou falência em 2014, depois de vender menos de 3 mil unidades, e Fisker estaria de volta em 2016 com a Fisker Inc – outro nome, mas mesmo logo e a mesma ideia.
A nova empresa desenvolveu o Ocean, um SUV puro elétrico (BEV), que está para ser entregue em novembro, e já tem mais de 30 mil compradores.
O que há de revolucionário no Fisker Pear?
O Pear deve ser feito com a taiwanesa Foxxconn, parceira da Apple na fabricação dos iPhones. O novo design mostra como a frente é bem parecida com a do Ocean. O que é um ponto positivo: significa que é um projeto pé no chão.
Quanto ao que Fisker diz ser tão revolucionário, uma esquisitice na imagem pode dar uma ideia: o Pear, diferente do Ocean, não tem retrovisores. Pode ser só uma graça num conceito, já que há impedimentos legais em criar um carro sem retrovisores físicos, usando câmeras no lugar (deve ser essa a ideia). Um carro, afinal, precisa de retrovisores mesmo se seu sistema elétrico estiver desligado.
Quanto ao preço, US$ 29.900, é parecido com o de um Nissan Leaf nos EUA, o mais barato dos elétricos, que vai de US$ 27.400 em sua versão mais simples e US$ 37.400 na mais cara. Não é nada revolucionário.
O que isso significaria na prática para o brasileiro? O preço convertido do Leaf mais barato seria R$ 130 mil, mas o modelo disponível aqui é o de US$ 37.400 (R$ 177 mil). Na prática sai por R$ 300 mil, quase o dobro. Montadoras por aqui não costumam trazer versões mais baratas de elétricos, porque elétrico aqui ainda é visto como símbolo de status mais que qualquer coisa.
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Fonte: Olhar Digital
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