Líder ucraniano esteve em Kharkiv, segunda maior cidade do país, que desde o começo da guerra sofre com os intensos bombardeios
Pela primeira vez desde que Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, o presidente Volodymyr Zelensky visitou o leste do país, onde as tropas de Vladimir Putin intensificam os bombardeios e querem dominar a região. No sábado, 28, os russos assumiram o controle da cidade de Lyman, um avanço que acentua a pressão contra Lyssychansk e Severodonetsk. Nas fotos compartilhada pelo líder ucraniano em sua conta no Telegram, é possível ver que ele aparece vestindo um colete a prova de balas e analisando a destruição causada na cidade de Kharkiv, local da visita e segunda maior do país, a qual as tropas da Ucrânia retomaram o controle no mês passado, mas que a Rússia voltou a bombardear.
Desde que o conflito começou, Zelensky permaneceu em Kiev. “Nesta guerra, os invasores estão tentando obter um resultado, seja ele qual for. Mas eles devem saber há muito tempo que defenderemos nossa terra até o fim”, disse. Em um pronunciamento realizado no sábado, o ucraniano afirmou que a Rússia deveria ser considerada “Estado terrorista” como demonstração do que acontece no país que lidera. O conflito já está em seu quarto mês. “Relembrarei ao mundo que a Rússia deve ser reconhecida oficialmente como um Estado terrorista, um Estado patrocinador do terrorismo”, declarou. “Isso é justo e reflete a realidade diária que os invasores criaram na Ucrânia. E estão ansiosos para levar à Europa”, acrescentou.
Na segunda-feira, 30, Zelensky vai participar da reunião do Conselho Europeu, onde os líderes dos 27 Estados-membros se reunirão para tomar uma decisão sobre um possível embargo ao petróleo russo. O bloco europeu está considerando excluir o oleoduto que entrega petróleo à Hungria do novo pacote de sanções, disseram fontes da UE. Até agora, uma nova rodada de sanções contra a Rússia que atinge a maior parte do setor de hidrocarbonetos foi interrompida pela Hungria, que depende fortemente desses recursos e teme consequências para sua economia.
O país da Europa Central – sem litoral e abastecido pelo gasoduto Druzhba – pediu 800 milhões de euros (US$ 860 milhões) em fundos da UE para adaptar suas refinarias e capacidades de gasodutos para receber suprimentos alternativos, por exemplo, da Croácia. Atualmente, uma nova proposta está sendo discutida para excluir Druzhba do embargo de petróleo para limitar as sanções sobre o fornecimento de petróleo por navio.
*Com informações da AFP e EFE
Fonte: Jovem Pan News
Comentários