Um pouco tímida, sem grande repercussão além dos países que a envolve, a Finalíssima de seleções está de volta nesta quarta-feira. Mas espera. Finalíssima? É mesmo de se estranhar. O torneio com ares de Recopa que envolve Argentina e Itália existiu no passado e desapareceu no mesmo compasso que ressurgiu sua nova edição 29 anos depois da última edição.
Para contextualizar, não há grande mistério ou difícil explicação para o que é o torneio. A Finalíssima, nada mais é, do que uma competição em jogo único que coloca frente a frente os atuais campeões da Copa América e da Eurocopa, portanto em 2022 Argentina e Itália.
No passado, a Finalíssima, também chamada de Copa dos Campeões, ou Torneio Artemio Franchi, em homenagem ao ex-presidente da Uefa e Federação Italiana, foi disputada em duas oportunidades: 1993 e 1985. A primeira edição foi realizada dois anos após a morte de Franchi em um acidente de carro.
Lá em 1985, a Finalíssica aconteceu entre o Uruguai (campeão da Copa América de 1983) e a França (campeã da Euro de 1984). O título ficou com os franceses, que contavam na época com um dos maiores craques de sua história, Michel Platini, mas quem marcou os gols da decisão foram José Touré e Dominique Rochetau. A vitória foi por 2 a 0 sobre o Uruguai de Francescoli.
A Finalíssima, sem grande justificativa, não voltou a ser disputada com a campeã da Euro de 1988 (Alemanha) contra a campeã da Copa América – que sequer seria fácil determinar quem seria a adversária. Com o desde sempre confuso calendário das competições da Conmebol, a Copa América passou por diferentes periodicidades ao longo dos tempos, desde anual a intervalos de cinco anos. A suposta edição não-ocorrida da finalíssima que envolveria a Alemanha teria Uruguai, campeão de 1987, ou Brasil, campeão de 1989.
Apenas em 1993, oito anos depois, a Finalíssima retornou e opôs Argentina e Dinamarca. Desta vez, o título ficou para a América do Sul após disputa por pênaltis. A Argentina é a atual detentora do troféu, que não é disputado há 29 anos.
A extinção da Finalíssima não encontra um único fator na história. O que é aceito de forma geral é que a competição perdeu espaço depois do surgimento a Copa das Confederações, que depois de 10 edições é a extinta da vez.
O que importa é que quarta-feira há a oportunidade de acompanhar um grande jogo, na ausência (e carência) das competições europeias de clubes. A Argentina de Messi vai em preparação forte para a Copa do Mundo, já a Itália tenta tirar a imagem ruim que deixou, depois de gerar muitas expectativas e conseguir a proeza e ficar de fora de mais uma Copa.
Fonte: Ogol
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