A Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês) anunciou, nesta quarta-feira (1), que a varíola dos macacos parece estar se espalhando de maneira comunitária, ou seja, passando de uma pessoa para outra.

“O atual surto é a primeira vez que o vírus se propaga de uma pessoa para outra na Inglaterra e onde ligações de viagem com um país endêmico não foram identificadas”, anunciou a agência. 

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que é possível que a varíola dos macacos estivesse circulando sem ser detectada. A entidade aponta que é possível concluir isso ao ver casos simultâneos em países onde a doença não é endêmica.   

“Um único caso de varíola do macaco em um país não endêmico é considerado um surto”, ressaltou o órgão de Saúde. Porém, a OMS ainda não conseguiu relacionar os novos casos e os descolamentos para regiões endêmicas.  

“A situação está evoluindo rapidamente e a OMS espera que haja mais casos identificados à medida que a vigilância se expande em países não endêmicos, bem como em países conhecidos como endêmicos que não relataram casos recentemente”, disse a entidade em comunicado oficial. 

Homem sem camisa com brotoejas avermelhadas
Imagem: Berkay Ataseven/Shutterstock

No Brasil, o Ministério da Saúde está investigando três casos suspeitos da varíola dos macacos. Os possíveis pacientes foram apontados em Santa Catarina, Ceará e Rio Grande do Sul.  

A pasta informou que os pacientes estão isolados e em recuperação, além de serem monitorados pelas equipes de vigilância em saúde. “A investigação dos casos está em andamento e será feita coleta para análise laboratorial”, continuou.