O governo da Costa Rica tem sido alvo de uma série de ataques cibernéticos desde abril deste ano, com uma história que tem ganhado contornos dramáticos desde o início da semana. Na última terça-feira (31), o sistema de saúde pública do país centro-americano foi desativado por um ataque hacker.
A invasão ao sistema de saúde costarriquenho pode ter consequências trágicas, com um sério risco de que haja atrasos nos atendimentos médicos e cirurgias. Ao todo, cerca de 30 instituições estatais da Costa Rica já foram invadidas só esse ano, em ataques coordenados atribuídos ao grupo hacker Conti.
Caos sem precedentes
O grupo, que é considerado um dos mais perigosos do mundo, realizou os ataques ao governo da Costa Rica para pedir uma espécie de resgate, geralmente pago em criptomoedas. Este tipo de ação é conhecida como ransomware, e é muito usada por grupos hackers do oriente.
Em entrevista ao site Rest of World, o chefe da área de segurança cibernética da Câmara de Tecnologias da Informação e Comunicação da Costa Rica (CAMTIC) declarou que estamos testemunhando o início do que pode ser uma era de ataques cibernéticos sem precedentes.
Governo nega pagar resgate aos hackers
A Costa Rica declarou estado de emergência nacional e se recusa a pagar o valor pedido pelos hackers, que é de US$ 15 milhões (cerca de R$ 72 milhões). Porém, esta ação pode custar caro, já que os hackers que trabalham para o governo não estão conseguindo retomar o acesso aos sistemas governamentais.
As informações aos sistemas públicos de diversas áreas estão indisponíveis, o que afetou processos como a cobrança de impostos, o pagamento de salários de servidores públicos e a consulta a serviços. Estima-se que a perda na economia do país seja de US$ 30 milhões por dia.
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Fonte: Olhar Digital
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