Os astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS) e os membros do Programa Artemis, que ambiciona levar o homem de volta à Lua ao longo desta década, contarão com uma nova geração de trajes espaciais a ser desenvolvida em conjunto pela Axiom Space e Collins Aerospace, de acordo com comunicado divulgado pela agência espacial americana (NASA).

Segundo a divulgação, os trajes serão desenvolvidos como parte de um contrato com data até 2034, mas versões para testes devem estar prontas até 2025, quando serão avaliadas “em ambiente relativo”. Em outras palavras: dentro de câmaras a vácuo na Terra e, posteriormente, na ISS. A agência vai analisar o desempenho de ambos os modelos e deverá selecionar um – ou ambos – para aplicações mais continuadas.

Modelo atual do traje espacial da NASA foi originalmente concebido em 1981, e vem apresentando problemas preocupantes para seus usuários (Imagem: NASA/Divulgação)

“Teoricamente, uma empresa poderia vencer (em todos os parâmetros)”, disse Lara Kearney, gerente do Programa de Atividade Extraveicular e Mobilidade Humana em Superfícies da NASA, “Então ainda vamos estabelecer esses parâmetros, como eles serão executados, e avaliá-los. Também precisamos entender qual será a nossa capacidade de financiamento”.

Falando em números expressos, o contrato está avaliado em US$ 3,5 bilhões (R$ 16,76 bilhões), mas a NASA recusou-se a detalhar quanto seria destinado a cada empresa, nem tampouco a partir de quando esse dinheiro passaria a ficar disponível.

O traje atual – chamado “EMU” (sigla para “Unidade de Mobilidade Extraveicular”) – tem um design muito antigo, implementado originalmente em 1981. Recentemente, ele apresentou problemas preocupantes o suficiente para fazer a NASA suspender todas as caminhadas espaciais da ISS, quando um dos astronautas percebeu que a água do sistema de resfriamento de seu traje começou a escoar dentro de seu capacete. A situação ainda está sendo investigada.

A criação de um novo traje não é uma ideia exatamente nova e, há vários anos, a própria NASA vinha trabalhando em uma versão avançada do modelo atual (apelidada de “xEMU”), mas percalços burocráticos fizeram com que a agência desistisse do projeto e o entregasse para a iniciativa privada.

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