O Ministério da Saúde anunciou a prorrogação da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe e Sarampo para os grupos prioritários até o dia 24 de junho. O intuito da pasta é aumentar a cobertura vacinal para as duas doenças.  

Segundo o Ministério da Saúde, a partir do dia 25 de junho todos os estados e munícipios poderão decidir pela ampliação da vacinação contra a gripe para toda a população a partir dos seis meses de idade.  

Por ora, apenas o grupo prioritário deve se vacinar. O grupo é composto por idosos acima de 60 anos de idade; trabalhadores da saúde; crianças de 6 meses a 5 anos incompletos; gestantes e puérperas; povos indígenas; professores; pessoas com comorbidades ou com deficiência permanente; integrantes das forças de segurança, de salvamento e Forças Armadas; caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso; trabalhadores portuários; funcionários do sistema prisional; população privada de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas. 

Já no caso do sarampo, a vacina é aplicada em bebês ao completarem um ano de idade. Em seguida, é necessário aplicar um reforço entre os quatro e seis anos. Também se recomenda uma nova aplicação entre os 30 e 50 anos.  

A cobertura vacinal contra o sarampo não tinha atingido nem 30% do público alvo. A baixa adesão preocupa o Ministério da Saúde, já que a probabilidade de surtos da doença acontecerem no país acaba aumentando. A pasta tinha como meta vacinar 95% do público alvo, mas os números reais revelam que menos de uma a cada três crianças foi imunizada.   

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Imagem: Romolo Tavani (Shutterstock)

O Brasil já chegou a receber o certificado de território livre do sarampo pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), mas perdeu o documento em 2019, quando a taxa de vacinação começou a apresentar uma queda significativa.  

Em 2020, o primeiro ano da pandemia, o país registrou 80% de crianças vacinadas. Em 2021, o Brasil registrou o pior índice de vacinação contra o sarampo da história recente, com apenas 73% da meta atingida.  

Entre 2018 e 2021, o Brasil registrou cerca de 40 mil casos de sarampo e 40 mortes em decorrência da doença.