Provando que, mesmo “velhinho”, ele ainda tem muito a oferecer, o telescópio espacial Hubble registrou uma imagem sem precedentes da galáxia espiral NGC 3631, localizada há 53 milhões de anos-luz da Terra, especificamente na constelação da Ursa Maior.

O registro foi feito pelos instrumentos “Wide Field Camera 3” e “Advanced Camera for Surveys”, e mostra uma predominância das cores azul e laranja nos longos braços da espiral. De acordo com a NASA, essas cores representam alta ou baixa atividade térmica atrelada ao nascimento de estrelas.

A galáxia NGC 3631, disposta em espiral, tem muitas partes contendo material de formação de estrelas
A galáxia NGC 3631, disposta em espiral, tem muitas partes contendo material de formação de estrelas (Imagem: NASA/Divulgação)

“A formação de estrelas em galáxias em espiral se parece muito com um engarrafamento de carros em uma rodovia”, disse a NASA em um comunicado. “A matéria que se move mais devagar pelo disco espiral cria um engarrafamento, concentrando gases que formam estrelas e poeiras ao longo da parte mais interna dos braços. Esse ‘trânsito’ de matéria pode ficar tão denso que entra em colapso gravitacional, criando novos astros”.

O Hubble, em operação há mais de 30 anos, conta hoje com um companheiro de trabalho: o telescópio espacial James Webb foi lançado no Natal de 2020 e, desde então, vem se posicionando e abrindo seus espelhos e lentes, no intuito de ampliar as capacidades de pesquisa e observação do espaço mais distante.

“Galáxias como a NGC 3631 nos mostram como a matéria no universo se organiza em larga escala. A fim de entendermos a natureza e história do universo, cientistas estudam como essa matéria se organiza e como isso mudou dentro do período cósmico”, disse a NASA.

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