Após início irretocável com o português Luís Castro, o Botafogo começa a conhecer o outro lado da moeda no Campeonato Brasileiro. Com uma de suas edições mais equilibradas dos últimos tempos, o nacional tem visto uma oscilação até mesmo dos principais favoritos.
No revés diante do Goiás, o Alvinegro teve mais de 60% de posse de bola, quase o dobro de passes certos, mas acabou sendo surpreendido em dois contragolpes para conhecer sua segunda derrota consecutiva, algo que não acontecia desde o fim de fevereiro.
“Não acabou o mundo, vamos seguir. Estamos desiludidos, mas vamos seguir. Vai haver mais momentos como esse. Estamos em uma fase difícil. O momento de construção é difícil. Precisamos da torcida. Peço muito que não se desmotivem. Os jogadores se esgotam em campo. Não estou ao lado só quando ganham, estou muito mais quando perdem. O Botafogo vai seguir por um bom caminho, com uma excelente administração, com grandes torcedores”, disse Luís Castro após o revés.
Ainda pelo Campeonato Carioca, o Glorioso sofreu derrotas em sequência para Flamengo e Portuguesa, pela primeira fase do estadual. Ao olharmos para a escalação do Botafogo, de lá para cá, é mais fácil encontrarmos diferenças do que semelhanças. Do clássico contra o Rubro-Negro, no dia 23 de fevereiro, apenas Gatito Fernández, Daniel Borges e Kanu estiveram entre os titulares no duelo contra o Goiás, nesta segunda-feira.
Depois do acordo fechado com John Textor, para transformar o clube em SAF, o Fogão recebeu investimento pesado, novos jogadores, e era claro para o novo mandatário que o primeiro objetivo era permanecer na divisão de elite do Brasileirão.
Até o momento, o Botafogo vai cumprindo essa expectativa e, com 12 pontos ganhos, está posicionado na décima colocação na tabela. Em um campeonato tão disputado, porém, o Glorioso está a apenas dois pontos de distância do Juventude, o primeiro clube na zona de rebaixamento.
O início de Luís Castro, invicto nos primeiros oito jogos no comando do Botafogo, com seis viórias e dois empates, não era esperado. Tanto é que, depois dessa arrancada, pela primeira vez em 2022 o time carioca está sem vencer há três confrontos.
Para o Botafogo, o importante é trabalhar com uma perspectiva clara. Com casa cheia jogo após jogo no Estádio Nilton Santos a pressão e a expectativa aumentam, mas com um time quase que inteiramente reformulado e um técnico estrangeiro, o mais importante não é hoje. O caminho para o futuro tem que ser bem preparado, e certamente as derrotas farão parte dele.
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Fonte: Ogol
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