Segundo relatos feitos à Jovem Pan, ex-juiz da Lava Jato não irá recorrer ao TSE; mudança de planos deve criar disputa com aliado de primeira hora
A decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), que considerou irregular a transferência de domicílio eleitoral de Sergio Moro (União Brasil) do Paraná para São Paulo, vai impactar os planos políticos do ex-juiz da Operação Lava Jato. Segundo um aliado próximo ouvido pela Jovem Pan, o ex-magistrado deve concorrer ao Senado pelo Estado sulista. Há, inclusive, a expectativa de que o anúncio seja feito ainda nesta quarta-feira, 8. Na prática, Moro desiste de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e correrá contra o tempo para viabilizar a postulação em seu Estado natal.
Por 4 votos a 2, na noite desta terça-feira, 7, o TRE-SP acolheu um pedido do Partido dos Trabalhadores (PT), que alegava que Moro não havia conseguido comprovar seu vínculo com o Estado de São Paulo. O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro nasceu em Maringá, no Paraná, onde fez carreira como juiz. Ao trocar o Podemos, partido no qual foi alçado ao posto de presidenciável, pelo União Brasil, ele transferiu seu domicílio para o maior Estado do país e apresentou como comprovante de residência a locação de uma unidade de um flat na zona sul da capital paulista, que teria se tornado “sua residência primária e base política”. Como a Jovem Pan mostrou, o ex-juiz vinha sendo aconselhado a brigar por uma vaga na Câmara dos Deputados e era visto pela cúpula do partido, que nasceu da fusão entre DEM e PSL, como um puxador de votos.
A eventual candidatura de Moro ao Senado pelo Paraná cria uma espécie de saia-justa envolvendo um de seus aliados de primeira hora na política: o senador Álvaro Dias (Podemos-PR), que concorrerá à reeleição em outubro deste ano. Dentro do Podemos, Dias era um dos principais apoiadores da candidatura presidencial do ex-juiz da Lava Jato – o parlamentar chegou, inclusive, a oferecer a Moro a possibilidade de disputar a cadeira paranaense da Casa Alta, mas as tratativas não avançaram.
Fonte: Jovem Pan News
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