No fim de março, os resultados dos testes com o medicamento tirzepatida contra a obesidade foram considerados animadores. O remédio da Elly Lilly foi capaz de reduzir o peso corporal dos pacientes de forma significativa e, após receber aprovação da FDA, agência reguladora dos Estados Unidos, o produto deve ser avaliado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com o jornal O Globo, a farmacêutica já entrou com o pedido de uso do remédio no Brasil e depende da aprovação da Anvisa para entrar no mercado. Caso a análise seja positiva, o tirzepatida pode passar a ser vendido em solo nacional em meados de 2023, segundo previsão da empresa.
Resultados do tirzepatida contra obesidade
Os ensaios contaram com a participação de 2.539 voluntários, todos com obesidade ou sobrepeso. Quem utilizou o medicamento perdeu em média 22,5% de seu peso corporal, ou 24 quilos. Já o grupo que recebeu placebo emagreceu apenas 2,4% do seu peso corporal, ou algo na faixa de cinco quilos. O remédio foi testado em doses de 5 mg, 10 mg e 15 mg.
Além disso, 89% de quem tomou 5 mg e 96% (10 mg e 15 mg) das pessoas que tomaram tirzepatida alcançaram pelo menos 5% de redução do peso corporal em comparação com 28% das pessoas que tomaram placebo.
“A obesidade é uma doença crônica que muitas vezes não recebe o mesmo padrão de cuidados que outras condições, apesar de seu impacto na saúde física, psicológica e metabólica, que pode incluir aumento do risco de hipertensão, doenças cardíacas, câncer e diminuição da sobrevida”, disse o professor Louis J. Aronn, especialista em obesidade, para a Eli Lilly.
Os eventos adversos mais comumente relatados foram relacionados ao trato gastrointestinal e geralmente de gravidade leve a moderada, geralmente ocorrendo durante o período de aumento da dose. “Tirzepatide é o primeiro medicamento experimental a entregar mais de 20% de perda de peso em média em um estudo de fase 3, reforçando nossa confiança em seu potencial para ajudar pessoas que vivem com obesidade”, disse o médico. Jeff Emmick, vice-presidente de desenvolvimento de produtos da Lilly. Ainda não há previsão de quando a droga deve chegar ao mercado.
Fonte: Olhar Digital
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