Um executivo sênior da ByteDance, a empresa chinesa que controla o TikTok, acaba de ser afastado de uma função de liderança no Reino Unido. Joshua Ma foi substituído após afirmar que “não acredita” em licença-maternidade. 

O comentário ocorreu durante um jantar com membros da equipe de comércio eletrônico do TikTok, segundo uma reportagem divulgada pelo Financial Times nesta quarta-feira (8).

Em resposta a denúncia, a ByteDance confirmou que conduzirá uma investigação interna em busca de respostas: “Como vocês devem saber, o Financial Times publicou uma reportagem com afirmações desanimadoras sobre as nossas operações no Reino Unido”, diz o e-mail enviado aos funcionários.

“Esperamos que essa experiência dolorosa nos torne uma equipe mais forte”, diz o corpo da mensagem, que foi enviada sob o título “Mantendo uma cultura de trabalho positiva”.

Logo da ByteDance e TikTok
Comentário do executivo da ByteDance ocorreu durante um jantar com membros da equipe de comércio eletrônico do TikTok. Imagem: Shutterstock

Quem substituirá Joshua Ma?

O sucessor temporário de Ma será Patrick Nommensen, que liderou o lançamento da divisão de comércio eletrônico do TikTok no Reino Unido.  “Ele conhece muito bem o negócio e será uma forte liderança interina”, afirmou a ByteDance. Nommensen trabalha na companhia chinesa desde 2016, ano em que o TikTok foi lançado.

Cultura de trabalho agressiva

A reportagem, baseada no testemunho de funcionários e ex-funcionários, também revelou que o lançamento de compras online provocou um êxodo de colaboradores do TikTok em Londres, Inglaterra, devido à cultura de trabalho com metas e expectativas irreais. Muitos disseram que tinham que trabalhar mais de 12 horas por dia, informou o FT.

“O bem-estar da nossa equipe é nossa principal prioridade”, reforçou o TikTok na mensagem enviada aos colaboradores. A rede social também declarou, sem informar mais detalhes, que está investindo para oferecer uma experiência mais positiva aos funcionários.

No fim, o e-mail recomenda que novas violações de código de conduta sejam denunciadas por um canal de atendimento anônimo.

Fonte: Finacial Times