Casos de intoxicação e envenenamento têm se repetido em meio a protestos dos habitantes, que denunciam o relaxamento dos protocolos antipoluição
Ao menos 76 menores de idade e cinco adultos de escolas nas cidades de Quintero e Puchuncaví foram atentidos nesta quarta-feira em diferentes centros de saúde por causa do pico de contaminação ocorrido na madrugada de segunda-feira e que já deixou uma centena de intoxicados. Segundo autoridades da região, 36 alunos, um professor e três profissionais da alimentação foram atendidos por sintomas respiratórios na escola Orione, em Puchuncaví, enquanto outros 40 estudantes e um professor do colégio de Santa Filomena, em Quintero, também sofreram vertigens e dores de cabeça.
A escalada da contaminação em uma baía batizada como “Chernobyl do Chile” por organizações como Greenpeace obrigou o Ministério Regional da Saúde (Seremi) a ordenar o fechamento de escolas nesta região com vista para o Pacífico, onde se concentram 16 grandes indústrias, incluindo a mineradora Corporación Nacional del Cobre (Codelco). Casos de intoxicação e envenenamento têm se repetido nos últimos anos em meio a protestos dos habitantes, que denunciam o relaxamento dos protocolos antipoluição e a permissividade e ineficiência do governo central em uma área considerada “zona de sacrifício ambiental”.
Na manhã desta quarta-feira, Marco Morales, prefeito de Puchuncaví, pediu um mecanismo para forçar a atividade industrial a parar quando a poluição aumentar e ocorrerem episódios de intoxicação, como o desta semana, o que obrigou os residentes a ficarem em casa e a abandonarem a vida normal. Os níveis de dióxido de enxofre quintuplicaram na segunda-feira, 6, afetando cerca de 100 pessoas, metade delas crianças em idade escolar, que sofreram sintomas associados a dores de cabeça, nos olhos e na garganta, além de náuseas.
Fonte: Jovem Pan News
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