Um pequeno estudo da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, apontou que pessoas que usam cannabis regularmente estão mais propensas a ter problemas em seus relacionamentos amorosos. Segundo o estudo, os usuários da planta têm mais dificuldade de encarar questões que podem levar a brigas com seus parceiros.

A pesquisa, que foi publicada na revista Drug and Alcohol Dependence, contou com 232 usuários regulares de cannabis e seus respectivos parceiros. Durante as entrevistas, os voluntários foram convidados a passar 10 minutos discutindo sobre um grande conflito do relacionamento, sugerido pelo pesquisador ou escolhido pelo casal.

Sem encarar os problemas

Entre os temas sugeridos pelo pesquisadores, estavam alguns que costumam ser problemáticos em relacionamentos amorosos, como dinheiro, sogros, comunicação, recreação e sexo. Depois de discutir sobre o que discordavam, os casais eram convidados a falar sobre temas em que tinham opiniões convergentes por cinco minutos.

Depois disso, as conversas foram assistidas por avaliadores independentes, que pontuaram cada parceiro em uma escala de 1 a 5 em duas áreas: engajamento de conflitos e prevenção de conflitos. Engajamento envolvia o desejo de que os parceiros mudassem, críticas ou culpabilização dos companheiros.

Com base nesta avaliação, os pesquisadores descobriram que os usuários de cannabis eram mais propensos a evitar desentendimentos em seus relacionamentos ou reagir negativamente quando eles eram inevitáveis. Após uma segunda entrevista, também foi descoberto que os usuários de cannabis se sentiam mais satisfeitos com a forma que os conflitos eram resolvidos.

Ruim no longo prazo

De acordo com a líder do estudo, Jessica Salvatore, professora de psiquiatria da Rutgers, as discrepâncias entre os relatos dos usuários de cannabis e as observações dos avaliadores sobre os comportamentos podem ser problemáticos para os relacionamentos no longo prazo.

“Isso sugere que os usuários podem não estar cientes, ou talvez não se incomodarem com as dinâmicas negativas do relacionamento durante e após o conflito”, declarou Salvatore. “Isso pode ser prejudicial para os relacionamentos a longo prazo terem conflitos crônicos e não resolvidos”, completou a pesquisadora.

Via: Insider