As ações da Netflix caíram 5% no pregão desta sexta-feira (10) após o grupo financeiro Goldman Sachs rebaixar a classificação dos papéis da empresa por riscos envolvendo gastos e também pela forte concorrência com outras gigantes que também atuam no setor de streaming de conteúdo, como a Amazon e a Disney.

Agora, a recomendação das ações passou de ‘vender’ para ‘neutra’. Além disso, a meta de preço também caiu de forma expressiva: de US$ 285 para US$ 186, o menor valor entre todas as estimativas feitas por especialistas em mercado.

Para completar, os ganhos em receitas para 2023 também serão revisadas pela Netflix, informou a empresa, o que também influenciou na queda das ações. Como contexto, os papéis da companhia já acumulam queda de 68% em 2022.

Logo da Netflix em um celular ao lado de balde de pipoca
Papéis da Netflix fecham a semana em queda. Imagem: xalien/Shutterstock

Contenção de danos

A Netflix já adotou algumas mudanças estratégicas para conter a má fase, uma delas é oferecer um plano de assinatura mais barato e com anúncios, algo que já foi feito pelos rivais HBO Max e Disney+ e foi bem recebido pelos clientes.

Vale lembrar que 2022 não está indo bem para a Netflix, a plataforma perdeu assinantes pela primeira vez em uma década. Para os especialistas, este é um sinal de que o mercado de streaming pode sofrer com as reviravoltas da economia global, já que, com o salto nos preços, muitos estão cortando despesas extras.

“A crise do custo de vida terá um grande impacto em todos os serviços de streaming”, apontou o analista da PP Foresight, Paolo Pescatore. Resta saber se a previsão negativa vai se cumprir nos próximos meses.

Via: Reuters

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