O comediante Jerry Seinfeld resolveu uma disputa judicial com a Fica Frio Ltd., uma empresa ligada ao brasileiro Carlos Monteverde, filho da bilionária gaúcha Lily Safra e do empresário Alfredo Monteverde, fundador da rede Ponto Frio. A empresa de Carlos alegava que um Porsche vendido por Seinfeld em 2016 não era autêntico. Os termos do acordo entre as partes não foram divulgados.
O Porsche em questão era um 356 A1500 GS/GT Carrera Speedster 1956, um cupê extremamente raro. O comediante vendeu o carro à Fica Frio em um leilão de sua coleção histórica em Amelia Island, na Flórida (EUA), por US$ 1,4 milhão (à época em torno de R$ 4,9 milhões).
Um ano depois da transação, Monteverde contratou a Maxted Page, uma das principais restauradoras de Porsches antigos no mundo, para avaliar o veículo durante preparo para revenda. A empresa, então, inspecionou o cupê e verificou que faltavam imagens da restauração do 356 para alegar sua autenticidade — o que ia contra a descrição de Seinfeld no leilão, mencionando que o carro estava “entre os melhores exemplos restaurados de um Porsche”. Como resultado, a Fica Frio ingressou com processo.
Seinfeld disse que não sabia se o Porsche era autêntico quando o comprou em 2013 e pediu à revendedora European Collectibles a identidade do fornecedor para resolver o problema com Monteverde. A empresa recusou, levando o humorista a entrar com processo judicial.
“O sr. Seinfeld, que é um comediante de muito sucesso, não precisa complementar sua renda construindo e vendendo carros esportivos falsificados”, disse a denúncia, segundo a agência de notícias Reuters.
Desculpas pessoais a Monteverde
Segundo carta apresentada no último dia 1º de junho no tribunal federal de Manhattan, o caso agora está resolvido. Além do acordo com a Fica Frio Ltd., que o acionou na Justiça, o comediante de 68 anos também resolveu o processo que abriu contra a European Collectibles, de quem comprou o veículo por US$ 1,2 milhão.
Seinfeld também teria se desculpado pessoalmente com Monteverde por meio de uma mensagem de voz e dito que a Fica Frio seria “totalmente indenizada e não teria que ficar com o carro”. O valor da compra do herdeiro brasileiro, no entanto, ainda não foi reembolsado.
Crédito da imagem principal: Ian Young Nounpusher/Shutterstock
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Fonte: Olhar Digital
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