O Spotify está investindo em audiobooks, e pretende tornar o ramo o terceiro pilar de seus negócios, junto com música e podcasts. A notícia foi anunciada na quarta-feira, com os executivos da empresa apresentando os audiobooks para investidores como seu próximo alvo de mercado.
“Acreditamos que audiobooks, em suas diversas formas, serão uma grande oportunidade”, disse o CEO do Spotify, Daniel Ek. “E assim como fizemos com podcasts, vamos jogar para ganhar.”
Para dominar o ramo, o Spotify pretende comprar a Findaway, plataforma que permite que os autores criem, distribuam e monetizem seus livros. Vale apontar que o acordo ainda não foi fechado, já que a divisão antitruste do Departamento de Justiça dos EUA está analisando a compra.
Como o modelo para audiobooks do Spotify vai funcionar ainda não está claro. Outros serviços de assinatura do tipo, como o Audible e o audiobooks.com da Amazon, são baseados em créditos (1 crédito por livro). Esses serviços custam US$ 14,95 (cerca de R$ 75 na cotação atual) por mês nos EUA para acesso aos principais títulos.
Segundo Michele Cobb, diretora executiva da Audio Publishers Association (APA), esse investimento do Spotify pode expôr milhões de novos ouvintes a audiobooks, o que pode expandir muito o mercado.
A APA divulgou as estatísticas de 2021 sobre o tamanho da indústria esta semana. Segundo um estudo, o mercado de audiobooks cresceu 25% em 2021, chegando a US$ 1,6 bilhão, um pouco maior que o mercado de podcasts (US$ 1,45 bilhão) na América do Norte.
Mas como Cobb apontou, mesmo que o investimento do Spotify ajude a expandir o mercado de audiobooks, algumas desvantagens podem surgir para editoras e autores. “Há esperanças de que isso aumente a receita para que todos recebam mais”, ela disse. “Mas nos preocupamos que os autores ganhem muito menos por livro, o que acabaria por diminuir as receitas.”
Via The Verge
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Fonte: Olhar Digital
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