Cotado para ser o futuro carro-chefe da MG no mercado de esportivos elétricos, o Cyberster teve seu design final revelado em uma série de registros de patentes do grupo chinês Saic Motors, nesta semana.

No ano passado, o esportivo foi apresentado com um luxuoso conceito que foi o suficiente para a marca sino-britânica receber a confirmação da Saic (dona da montadora) para passá-lo à fase de produção. Segundo a MG, mais de 5 mil pessoas manifestaram interesse em comprar o veículo.

As imagens vazadas mostram até que ponto o design chegou desde o conceito e indicam que o MG Cyberster está quase pronto para ser lançado. Embora a silhueta do modelo de produção tenha relação visual com o conceito, a maioria dos elementos de design foi modificada para alinhar o projeto com os modos de operação da fabricante sino-britânica.

MG Cyberster, supercarro da clássica marca britânica
Reprodução/Instituto Europeu de Patentes

O carro está um pouco mais alto, as rodas são menores e envoltas em pneus mais grossos e os faróis agora estão descobertos. Ainda na frente, a grade frontal foi trocada pelo que parece ser um elemento decorativo, talvez abrigando uma série de sensores.

Com tantas mudanças no design, o Cyberster provavelmente não terá as especificações técnicas da versão conceitual, que vinha com autonomia de 800 km e um 0 a 100 km/h em menos de 3s. A versão de produção do carro chegará às concessionárias antes de 2024.

MG Cyberster, supercarro da clássica marca britânica
Reprodução/Instituto Europeu de Patentes

Esportivo com bom custo-benefício

De acordo com a MG, o Cyberster será vendido a um preço “acessível” (leia-se, menos caro) para competir com os esportivos movidos a gasolina. O supercarro elétrico é visto um ponto-chave na recuperação da fabricante após o colapso da MG Rover, o último grupo automotivo 100% britânico, nos anos 2000. Segundo Guy Pigounakis, diretor comercial da MG na Inglaterra, há uma expectativa de “enormes benefícios mercadológicos”.

“O problema com carros esportivos é que todo mundo os ama, mas poucas pessoas os compram”, explicou Pigounakis, em recente entrevista à revista Autocar. “Ele representa tecnologia de ponta e precisa ser empolgante, além de mostrar uma fantástica relação custo-benefício.”

O modelo chega em um bom momento para a MG no ex-país-natal. No ano passado, as vendas da empresa cresceram 66% no Reino Unido — de 18.415 unidades comercializadas em 2020 para 30.600. Além do Cyberster, a fabricante possui o utilitário ZS, que é provavelmente um dos carros elétricos mais baratos no país, e o hatchback MG 4, que vem para rivalizar com o Volkswagen ID.3 em terras anglo-saxônicas. Um quarto carro — especula-se que seja um SUV — deve chegar às concessionárias em 2024.

Crédito da imagem principal: MG/Divulgação

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