Uma ferramenta de inteligência artificial desenvolvida no hospital Cedars-Sinai, em Los Angeles, conseguiu prever com precisão o desenvolvimento de câncer de pâncreas com base em imagens de tomografia computadorizada. A previsão se deu anos antes do diagnóstico propriamente dito da doença.
As descobertas possibilitaram a possibilidade de melhores tratamentos por meio da detecção precoce do câncer no pâncreas. Além disso, os pesquisadores também conseguiram diminuir o número de mortes em decorrência da doença, que é um dos cânceres de mais difícil tratamento.
“Esta ferramenta de IA foi capaz de capturar e quantificar sinais iniciais muito sutis de adenocarcinoma ductal pancreático em tomografias computadorizadas anos antes da ocorrência da doença”, declarou o autor sênior do estudo, Debiao Li. “Estes são sinais que o olho humano nunca seria capaz de discernir”, completou o pesquisador.
Câncer é 90% mortal
O adenocarcinoma ductal pancreático é o tipo mais comum de câncer de pâncreas, além de ser o mais mortal. Estima-se que menos de 10% das vítimas deste tipo de tumor vivem mais de cinco anos após o diagnóstico da doença ou o início do tratamento. Porém, um diagnóstico precoce pode aumentar as chances de sobrevivência em até 50%.
Embora um diagnóstico precoce aumente a sobrevida dos pacientes, não há uma maneira fácil de encontrar o câncer de pâncreas de maneira precoce. Os principais sintomas deste tipo de tumor são dores abdominais e uma grande a abrupta perda de peso. Porém, eles são ignorados, já que são comuns em outras condições de saúde.
“Não há sintomas únicos que possam fornecer um diagnóstico precoce para adenocarcinoma ductal pancreático”, disse o coautor do estudo Stephen J. Pandol. Esta ferramenta de inteligência artificial pode ser usada para diagnósticos precoces em pessoas submetidas a tomografias por dor abdominal ou outros problemas.
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Fonte: Olhar Digital
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