Na comuna italiana de Chiari, a Stellantis demonstrou a capacidade de sua tecnologia de carregamento sem fio Dynamic Wireless Power Transfer (DWPT) de eletricidade para modelos elétricos, em uma pista especial. No circuito “Arena del Futuro”, os testes se basearam na eficiência do fluxo de energia do asfalto para o carro em movimento.

O DWPT, conforme explica a empresa em uma nota oficial, é um sistema de bobinas posicionadas sob o asfalto que transfere energia diretamente para veículos elétricos sem a necessidade de parar em estações de carregamento para recarregar a bateria. Isso tanto para carros, caminhões e ônibus.

A tecnologia pode ser adaptada para todos os veículos equipados com um “receptor” especial que transfere a energia recebida da infraestrutura rodoviária diretamente para o motor elétrico, ampliando a autonomia e conservando a carga da bateria do veículo. Anne-Lise Richard, chefe da Unidade Global de Negócios de Mobilidade Eletrônica da Stellantis, disse que projetos da empresa nesse sentido “são etapas empolgantes à medida que trabalhamos para alcançar maior vida útil da bateria, menor ansiedade de alcance, maior eficiência energética, menor tamanho da bateria, desempenho excepcional e menor peso e custo”.

Trafegando sobre o asfalto sem consumir energia

O trabalho na Arena del Futuro mostra que um veículo elétrico a bateria (BEV), como o Fiat New 500 equipado para testar o sistema, pode trafegar em velocidades típicas de rodovias sem consumir a energia armazenada em sua bateria. A eficiência do carregamento sem fio demonstrada nos testes está sendo comparada pela Stellantis à eficiência típica das estações de carregamento rápido.

Com uma diferença: a pessoa não precisa parar de dirigir para recarregar. Além disso, as medições da intensidade do campo magnético comprovam que não há impacto no motorista e passageiros.

A Arena del Futuro é alimentada por corrente contínua (CC), que oferece vantagens como redução das perdas de potência no processo de distribuição de energia; garantia de uma integração direta com fontes de energia renováveis ​​sem a necessidade de converter CC em corrente alternada (CA); uso de cabos mais finos que a distribuição de corrente CA; e uso de cabos de alumínio para distribuição de corrente (material que é mais fácil de obter, custa metade do preço do cobre e é mais leve e fácil de reciclar – o que beneficia modelos de negócio de economia circular).