Ícones de sofisticação nos anos 1960 e 1970, os faróis escamoteáveis — ou “pop-up” — saíram de cena quando foram considerados perigosos demais para a segurança de pedestres e, hoje em dia, tornaram-se praticamente ilegais. No entanto, uma patente recém-registrada pela Audi no DPMA (Escritório Alemão de Patentes e Marcas, na sigla em alemão) tenta renovar o elemento estético.
Na patente, a Audi afirma que seria possível usar uma espécie de capa “inteligente” para emular o mesmo efeito dos faróis retráteis. A capa seria fixada de forma permanente no farol, mas teria a capacidade de alternar entre estados opacos e transparentes utilizando películas comutáveis elétricas — ou “inteligentes”, como a montadora menciona no registro. Isso poderia ser usado para simular a cor da carroceria ou dos para-choques.
Adaptando o recurso a um carro moderno como o Audi RS e-tron GT, as capas dos faróis ficariam transparentes quando eles estivessem ligados, permitindo a passagem de luz, e dariam um aspecto de luxo ao veículo quando desligadas.
Pelo bem da estética
A Audi ainda tem outras ideias. Em vez de adaptar a tecnologia à carcaça inteira, a montadora sugere na patente que apenas partes do farol utilizariam o recurso. A área ao redor dos indicadores/piscas, por exemplo, seria coberta para permitir apenas a emissão da luz branca.
Isto é, quando o carro fizesse uma curva, os faróis baixos e as luzes DRL seriam escurecidos para que apenas a luz âmbar brilhasse com nitidez. Isso melhoraria a visibilidade e a segurança, embora a Audi demonstre, na documentação, que esteja mais preocupada com detalhes estéticos.
“Hoje, nas barras de luz, uma pluralidade de cores pode ser representada”, diz o texto. “Porém, se duas cores são exibidas uma ao lado da outra, sempre há uma curva de tons. Isso não parece preciso. Ou, se uma região na faixa de luz está acesa e outra emerge, um perfil de brilho se abre na fronteira entre elas.”
Ou seja, pelo texto da patente, a Audi quer uma aparência mais limpa para as barras de iluminação, possibilitando uma assinatura mais definida. De qualquer forma, como se trata de uma patente, não há previsão de quando a montadora utilizará o recurso em algum carro. Esperemos que a implementação não seja cara, uma vez que os potenciais benefícios do design seriam interessantes.
Crédito da imagem principal: Veyron Photo/Shutterstock
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Fonte: Olhar Digital
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