A pandemia acabou afetando diversos aspectos da vida humana. Sem poder sair de casa, as pessoas se viram obrigadas a encontrar novos meios de realizar as suas ações habituais, por mais simples que sejam. Esse contexto acabou sendo essencial para acelerar, até de forma desenfreada, o processo de digitalização do consumidor em todo o planeta, praticamente exigindo qualquer loja, seja ela grande ou pequena, entrar de vez no universo digital.
Essa migração feita de forma muito rápida simbolizou um crescimento astronômico do comércio online em todo o planeta. No Brasil, uma pesquisa feita pela Neotrust mostrou que o número de lojas virtuais cresceu 40% em 2020, primeiro ano da pandemia. Além disso, os dados revelam que 20 milhões de brasileiros passaram a comprar pela internet, fazendo com que o país registrasse mais 301 milhões de compras realizadas pela web, o que representa uma alta de 68,5% em comparação com 2019.
Apesar desses números ilustrarem um cenário bastante promissor para o e-commerce brasileiro, é impossível ignorar uma estatística negativa que também cresceu numa taxa preocupante: a de fraudes digitais. Segundo dados de mercado, as tentativas de golpes online cresceram 83,7% desde o início da pandemia, afetando mais de 57% das empresas do país.
Tão preocupante quanto esses números alarmantes é o aparente descaso – na grande maioria das vezes resultado da falta de informação – por parte das empresas contra esse inimigo cada vez mais presente. Uma prova disso é que somente quatro entre dez empresas brasileiras que são alvo de golpes investem para melhorar sua segurança digital. Essa cultura pela não proteção contra ataques fraudulentos gera problemas sérios para as empresas, sobretudo na questão financeira.
Isso porque os problemas causados pelas fraudes digitais vão muito além da questão meramente monetária. Mobilização de um grande número de funcionários para a resolução de problemas, perda considerável de confiabilidade e credibilidade perante o mercado, além do desgaste do relacionamento com o cliente, são algumas das consequências negativas de uma empresa que sofre com os ataques digitais constantes, independente do seu tamanho.
Proteção como objetivo
Nesse contexto, cresce a necessidade das empresas, principalmente as pequenas e médias, em investir em maneiras e métodos preventivos a fim de evitar ataques e garantir um ambiente seguro para si e seus clientes. Com os criminosos evoluindo cada vez mais as maneiras de encontrar brechas para a aplicação dos golpes, as empresas buscam acompanhar esse movimento. Uma das armas mais poderosas nesse sentido são plataformas de combate a fraude, que precisam necessariamente acompanhar essa evolução, na tentativa de estar sempre um passo à frente dos golpistas.
Portanto, se torna clara a necessidade das companhias entrarem nessa batalha de forma assertiva e referenciada por plataformas especializadas neste tipo de combate. Apenas dessa forma será possível não só evitar ataques, mas também assegurar que vendas legítimas não sejam barradas ou descontinuadas por uma falha operacional do sistema.
Dessa forma, brilham no mercado as plataformas de defesa que encontram maneiras mais sofisticadas de proteger seus clientes. Nesse sentido, as ferramentas que se mostram mais eficazes atualmente são aquelas que operam baseadas em dados previamente coletados pela própria empresa. Nesse mecanismo de defesa, todas as vendas têm as suas informações transacionais – como dados cadastrais, como aparelho usado na hora da compra, além de elementos dinâmicos como tempo de página – analisadas de forma instantânea através de algoritmos que garantem maior confiabilidade protetiva sem a necessidade de uma operação humana.
A luta contra as fraudes e golpes digitais é uma espécie de xadrez infinito, em que as peças se movimentam quase ininterruptamente, para buscar formas de se defender. Dessa forma, somente um sistema adaptativo e automatizado se torna capaz de identificar novos padrões fraudulentos em tempo real e responder a eles com agilidade a ponto de coibir o crime e garantir a segurança, a economia e a preservação contra fraudes.
Pearson Henri, co-fundador e CTO da Legiti
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Fonte: Olhar Digital
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