O Olhar Digital teve acesso antecipado para assistir a mais nova animação da Disney e Pixar, “Lightyear”, filme da franquia “Toy Story“.
Dirigido por Angus MacLane, o filme tem Chris Evans como grande destaque no elenco, dando voz a esta nova versão do Buzz Lightyear, como o personagem do filme que deu origem à linha de brinquedos que conhecemos em “Toy Story”.
No Brasil, o personagem é dublado pelo ator e apresentador Marcos Mion, ao contrário dos outros filmes da franquia “Toy Story” no Brasil, em que Buzz tem a voz do dublador Guilherme Briggs. Por sinal, na versão original também houve mudança: o dublador do personagem nos filmes “Toy Story” foi Tim Allen, e agora foi a vez Chris Evans.
Quanto a Mion, que já tinha experiência prévia como dublador, respondeu bem ao desafio e deu voz a este Buzz Lightyear com maestria. Não que a mudança passe desapercebida, mas não creio que este era o objetivo. O Buzz brinquedo e este novo Buzz que conhecemos agora são diferentes, apesar de apresentar algumas falas e maneirismos semelhantes.
“Lightyear” busca usar a metalinguagem para nos introduzir a esta história, com um filme mostrando os acontecimentos de outro filme de dentro do universo de “Toy Story”, que por sua vez deu origem ao brinquedo que virou um dos favoritos de Andy. No entanto, acredito que esse elemento metalinguístico se perdeu ao longo da história, e poderia talvez ter sido retomado ao fim, ou com inserções pontuais.
Mas isso não é nada que chegue perto de tirar o brilho do filme que de fato, é incrível.
De cara conhecemos Buzz Lightyear, o Patrulheiro Espacial em meio a uma missão, ao lado de sua amiga e comandante, Alisha Hawthorne. A personalidade de Buzz, de um Patrulheiro muito leal, comprometido com sua missão e que não tem tanta paciência para iniciantes, já fica clara desde o começo.
Quando o desenrolar das coisas não acontecem como o planejado, e ele junto com toda a tripulação da nave acabam presos em um planeta hostil, Buzz foca em apenas um objetivo: cumprir a missão e salvar a todos. Mas isso tem um custo alto, e Buzz se perde diversos anos em um teste de voo para tentar tirar todas aquelas pessoas que estão presas ali.
Então, invasores robôs entram em ação, comandados pelo Imperador Zurg, que passa uma séria impressão de que entramos em uma animação de Star Wars e nos encontramos frente a frente com membros do Império Galáctico. Inclusive, uso este momento para tecer elogios à trilha sonora e ao som como um todo do filme, bem como a iluminação.
Apesar dos demais filmes da franquia “Toy Story” serem mais vistos como aventuras, “Lightyear” é um pouco diferente. Por mais que existam referências à franquia, como o bordão “Ao Infinito e Além”, não espere que se trate de um “Toy Story 5”. Podemos apresentar “Lightyear” como uma ficção científica espacial, que mexe com conceitos de espaço-tempo e os explica de um jeito bem descomplicado.
Ao lado de Lightyear, temos outros tanto personagens complexos e que encontram seu lugar na história aos poucos. Alisha e Izzy Hawthorne, seus dois amigos desajustados que mostram habilidade em momentos de necessidade, o gato Sox com suas diversas surpresinhas, todos são parte do que faz Buzz Lightyear ser um herói, daqueles que chegam ao extremo de motivar a criação de uma linha de brinquedos infantis.
Mas Buzz não se vê assim, e ele quer desesperadamente se tornar este herói, cumprir sua missão, se livrar da culpa, ser alguém disposto a sacrificar tudo em prol do bem comum. Essa necessidade de sempre buscar ser um herói, acaba consumindo a vida de Buzz, que não consegue deixar a missão de lado nem por um minuto, por mais que isto custe sua vida.
Com muito drama (levem os lencinhos), ação, comédia – principalmente com o seu novo gato-robô favorito Sox – e ficção científica, “Lighyear” de fato, trata-se de uma história incrível, que mistura diversos elementos para passar uuma mensagem importante numa animação digna de ser vista e revista. Isto vale tanto para fãs de “Toy Story”, quanto para aqueles que só querem se desligar do mundo por um par de horas e aproveitar o momento.
“Lightyear” chega aos cinemas brasileiros no dia 16 de junho.
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Fonte: Olhar Digital
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