Um estudo da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, encontrou aplicações importantes para um potencial tratamento para a doença de Parkinson. Este distúrbio progressivo do sistema nervoso afeta o movimento dos membros superiores e, no geral, inclui tremores nas mãos.
Esta pesquisa encontrou um método para diferenciar células-tronco pluripotentes induzidas por humanos em neurônios de dopamina, que são diretamente afetados pela doença de Parkinson. Esses neurônios são como marcapassos que disparam potenciais de ação, independentemente das entradas excitatórias de outros neurônios.
“Sua propriedade de marcapasso é muito importante para sua função e está por trás de sua vulnerabilidade na doença de Parkinson”, explicam os autores da pesquisa. “Esta descoberta emocionante é um passo crítico nos esforços para entender melhor a doença de Parkinson e como tratá-la”.
Afinal, o que foi feito?
Existem diversos tipos de neurônios de dopamina no cérebro humano, com cada tipo sendo responsável por diferentes funções cerebrais. Alguns deles são os neurônios dopaminérgicos nigral, ou neurônios A9 DA, que são responsáveis pelo controle dos movimentos voluntários.
Os tremores característicos da doença de Parkinson se dão por conta da perda dos neurônios A9 DA. “Os cientistas têm se esforçado para gerar esses neurônios a partir de células-tronco pluripotentes humanas para estudar a doença de Parkinson e desenvolver melhores terapias”, explica o líder do estudo, Jian Feng.
“Conseguimos fazer neurônios de dopamina A9 a partir de células-tronco pluripotentes induzidas por humanos . Isso significa que agora podemos gerar esses neurônios de qualquer paciente com Parkinson para estudar sua doença”, detalha o pesquisador. Estes neurônios, possivelmente, são as maiores células do corpo humano.
A9 DA é levado à exaustão
O A9 DA tem uma morfologia bastante particular e a importante função de marcapasso, disparando potenciais de ação continuamente, independentemente da entrada sináptica. Eles dependem dos canais de Ca2+ para manter as atividades de marcapasso.
Essas células passam por muito estresse por lidar com o Ca2+ e dopamina, o que aumenta e muito sua vulnerabilidade. “Essas características únicas dos neurônios A9 DA os tornam vulneráveis. Muitos esforços estão sendo direcionados para entender essas vulnerabilidades, com a esperança de encontrar uma maneira de prender ou prevenir sua perda na doença de Parkinson”, diz Feng.
“O marcapasso é um importante recurso e vulnerabilidade dos neurônios A9 DA. Agora que podemos gerar marcapassos A9 DA de qualquer paciente, é possível usar esses neurônios para rastrear compostos que podem proteger sua perda na doença de Parkinson”, detalha o pesquisador.
Via: Medical Xpress
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Fonte: Olhar Digital
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