A promessa de dias melhores sob a nova direção de John Textor renovou os ânimos em General Severiano, mas por pouco tempo. Quatro derrotas em sequência mergulharam o Botafogo novamente na dura realidade, com Luís Castro pela primeira vez sob forte pressão e com campanha semelhante à dos três rebaixamentos do clube no Brasileirão.
Ao contrário de seu compatriota Paulo Sousa, demitido no Flamengo na última semana, Castro ainda não tem seu cargo em risco. A diferença de realidade e expectativas o deixa em situação menos dramática, embora com vaias e críticas dando lugar ao apoio apaixonado do torcedor. A meta declarada de Textor sempre foi a manutenção na elite em 2022, e o rival carioca soma os mesmos pontos com ambições muito maiores na temporada. Mas o cenário preocupa, e assusta ainda mais com a comparação com os anos de rebaixamento.
Ao fim de 11 rodadas, o Botafogo soma apenas 12 pontos conquistados. O número é o mesmo de 2014 na mesma altura. Em 2020, o time foi pior, com 10 pontos conquistados, e em 2002, o Alvinegro tinha 11 pontos nesta altura. Ainda assim, a pontuação atual corresponde ao dobro do recorde negativo, de seis pontos, em 2004, quando conseguiu se recuperar ao longo do Brasileirão.
A defesa parece ser o grande problema do Botafogo de Luís Castro. Foram 16 gols sofridos nos 11 jogos. É o pior desempenho defensivo desde 2012. Em 2020 o Alvinegro havia sofrido quatro gols a menos; em 2014 três; e em 2002 o desempenho foi exatamente o mesmo.
O ataque, com apenas 12 gols, também não anima. O Botafogo soma mais gols do que em 2002 e 2020 no mesmo número de jogos, mas menos do que em 2014.
O Botafogo perdeu cinco partidas nas 11 rodadas. Com três vitórias e três empates, a campanha é idêntica à de 2014. Foram mais jogos perdidos do que em 2002 e 2020.
A expectativa pela influência positiva do apoio do torcedor nos jogos em casa também acabou por ser frustrada rapidamente. O Botafogo é, hoje, os segundo pior mandante do Brasileirão. Foram quatro pontos conquistados, os mesmos do lanterna Fortaleza, e dois a mais que o Ceará.
Com pouco mais de dois terços de jogos por disputar ainda no Brasileirão, o Botafogo tem tempo para reverter o quadro e sair da zona de rebaixamento. Mas o clima de tranquilidade que parecia acompanhar o clube ao fim de sete rodadas se desvaneceu rapidamente. Em um torneio em que seis pontos separam um time da zona da Libertadores para a zona de rebaixamento, basta uma série de resultados para mudar de patamar… Para o bem e para o mal.
Fonte: Ogol
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