Justiça nega investigar Lula por incitar protestos na casa de parlamentares

Lula discursando durante lançamento da chapa com Alckmin para as eleições 2022

Na decisão do caso disse que fala do ex-presidente se tratou de menção a atos públicos não violentos

A Justiça Federal de São Paulo rejeitou investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelas declarações que fez no começo do mês de abril, pedindo que a população fizesse protestos em frente à casa de parlamentares. Durante um evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Lula disse que seria interessante as pessoas visitarem os deputados para falar com eles, suas esposas e filhos. “Se a gente pegasse, mapeasse o endereço de cada deputado e fosse 50 pessoas na casa do deputado, não é para xingar, não, é para conversar com ele, conversar com a mulher dele, conversar com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele, é muito… Eu acho que surte muito mais efeito”, disse o ex-presidente. Os parlamentares oposicionistas a Lula reagiram e o Ministério Público Federal abriu investigações para apurar se, nas falas do ex-presidente, houve ameaças ou incitação à violência. Já a procuradoria entendeu que, por Lula não citar nominalmente nenhum político, suas falas não devem ser entendidas como incitação pública à violência. Na decisão, a juíza Fabiana Alves Rodrigues, da 10ª vara criminal federal de São Paulo, disse se tratar de menção a atos públicos não violentos na residência dos parlamentares.

*Com informações do repórter Victor Hugo Salina 

Fonte: Jovem Pan News

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