O delegado Cléo Mazzotti, chefe da divisão de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal, seção responsável por combate a crimes cibernéticos, apontou que o Telegram, mesmo após ter indicado um representante no Brasil, segue não entregando “respostas efetivas” sobre as investigações.
“A PF ainda está tentando conversar com o escritório [que representa o Telegram] para alinhavar caminhos, ver qual a melhor forma de encaminhar e ter os pedidos atendidos. O fato é que até o momento não estamos tendo respostas efetivas ao que foi solicitado [nas investigações]”, aponta o delegado.
Em março, a pedido da Polícia Federal, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), bloqueou o Telegram por falta de cooperação. Após a rede social assumir compromissos em solo nacional, Moraes reverteu a situação.
Mazzotti disse que equipes da PF já se reuniram com os novos representantes do Telegram no Brasil e chegaram a questionar quais questionamentos não seriam respondidos por limitações da plataforma, mas mesmo assim as respostas seguem insuficientes.
O delegado apontou que ainda não vê razões suficientes para voltar a acionar o STF. “Ainda entendo que não temos de comunicar [o Supremo]. Estamos conversando com a empresa”, diz o delegado.
Vale lembrar que o Telegram firmou acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o combate as fake news e medidas de monitoramento dos conteúdos publicados em grupos do mensageiro.
“É a primeira vez que a plataforma faz esse acompanhamento e, a partir da experiência brasileira, a ferramenta será replicada para outros países que também enfrentam ameaças à democracia por meio da disseminação de conteúdo falso”, disse o TSE na época.
Fonte: Olhar Digital
Comentários