Em abril, a NASA revelou que o rover Perseverance atingiu um grande marco em sua missão em Marte, alcançando, finalmente, os restos de um antigo delta de rio que existia na Cratera Jezero, seu local de pouso de 45 quilômetros de largura.
Desde então, o equipamento vem explorando essa região que, nas palavras da equipe, é uma “verdadeira festa geológica” no Planeta Vermelho, além de ser um local ideal para que o Perseverance continue sua busca por sinais de vida, objetivo principal da missão que já dura quase 15 meses.
Isso porque, aqui na Terra, os deltas dos rios preservam bioassinaturas, bem como apresentam os blocos básicos de “construção da vida”, que são compostos orgânicos contendo carbono. Essa é a esperança dos cientistas em relação ao delta da Cratera Jezero.
Enquanto faz sua investigação profunda na região, o rover da NASA tem fotografado tudo o que encontra de mais interessante por ali. No domingo (12), por exemplo, seu instrumento chamado Mastcam-Z registrou uma estrutura bem peculiar: uma pedra semelhante a uma cobra de boca aberta, equilibrada sobre uma espécie de laje acinzentada e quase esmagada por um penhasco esculpido por estreitas camadas rochosas.
De acordo com o site Space.com, a equipe científica responsável pela missão está animada com essa paisagem marciana descoberta na cratera Jezero, que se une a tantos outros cenários curiosos, como bancos de areia, redemoinhos e rochas incrivelmente porosas, como aquela que impediu a coleta da primeira amostra pelo rover.
Ele foi projetado para funcionar por dois anos terrestres (aproximadamente um ano marciano), embora não seja raro veículos da NASA durarem muito mais que o planejado. Seu “primo” Curiosity, por exemplo, já explora Marte há quase uma década.
Quando pousou em Marte, o rover Perseverance carregava consigo seu companheiro de missão, o helicóptero de 1,8 kg Ingenuity, cuja missão primária consistiu em apenas cinco sobrevoos de demonstração de capacidade no planeta. Em missão estendida até setembro deste ano, o drone passou a atuar também como navegador do veículo terrestre, identificando rotas de exploração não convencionais.
Como o inverno está se aproximando na região de Jezero, as temperaturas em queda estão dificultando a vida do pequeno helicóptero, que já voou 29 vezes até o momento. Mas a equipe, obviamente, previu tais dificuldades e está otimista de que o rotorcraft possa continuar voando ainda por mais um tempo.
Fonte: Olhar Digital
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