Por conta da Guerra Russo-Ucraniana, o tradicional Rally da Mongólia, um dos mais desafiadores do mundo, teve seu trajeto alterado.

Normalmente, a rota do rali começava no Reino Unido e terminava na distante Ulan-Ude, fronteira da Rússia com a Mongólia. Agora, por conta do conflito, a antiga jornada de 16 mil quilômetros foi encurtada pela metade e terá início na ilha de Skye, extremo norte da Escócia.

Como ponto de chegada, a League of Adventurists, organizadora do evento, estabelece a Geórgia, na região do Cáucaso e próxima da Ásia Menor. No entanto, haverá três fins alternativos para “fins de pesquisa”: Serra Leoa, na África; Uzbequistão, na Ásia Central (embora a chegada esteja condicionada a questões alfandegárias na fronteira); e Omã, no extremo leste da península arábica.

O Rally da Mongólia também terá em 2022 um nome excepcional: o Poles of Inconvenience Rally. “O Rally em 2022 morreu porque o Azerbaijão está fechado para turistas e a fronteira da Mongólia está essencialmente fechada por enquanto”, explica Paige Campbell, integrante da equipe WildlyUnkoalafed, em entrevista ao site oficial do evento. “A Rússia também é uma zona proibida, então alguns pontos de checagem foram adicionados entre a Escócia e a Geórgia.”

Pilotos não têm direito a equipe de apoio

Apesar do corte no percurso, o Rally da Mongólia — ou The Poles of Inconvenience Rally — continua bastante difícil. Além das rotas insanas, como você pode atestar no vídeo abaixo, os pilotos não têm direito a equipes de apoio nem arranjos de acomodação, manutenção e cotas de combustível — algo impossível em um evento de atletas profissionais.

As equipes ainda precisam arrecadar pelo menos 500 libras (em torno de R$ 3.150) para causas humanitárias e os motores não podem ultrapassar o limite de 1.200 cilindradas — isto é, carros populares com pouca potência, como Fiat Mobi e Hyundai HB20, seriam bem-vindos na empreitada.

O Poles of Inconvenience Rally começa no dia 16 de julho e termina em 11 de setembro. As inscrições ainda estão abertas.

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