Nas últimas décadas começou uma tendência em muitos países do mundo de reduzir o uso de energia nuclear e optar por meios de produção mais seguros. No entanto, apesar do desligamento de usinas nucleares nos Estados Unidos, a produção de energia nuclear no país pode dobrar nos próximos 30 anos, segundo perspectivas de entidades do setor.

Isso vai ser possível por conta de um avanço na tecnologia na área. De acordo com o Instituto de Energia Nuclear dos EUA, novos reatores, menores e com maior capacidade de produção, vão ser construídos nas próximas décadas. Claro, isso tudo ainda depende de aprovação das autoridades e da conclusão do desenvolvimento desse tipo de tecnologia. 

Segundo a entidade, pelo menos 24 empresas trabalham na criação de reatores mais eficientes. O objetivo é adicionar 90 gigawatts de energia nuclear utilizando cerca de 300 novos reatores. Tudo isso com um prazo de até o ano de 2050.

Para efeito de comparação, a capacidade máxima de produção de energia nuclear dos Estados Unidos em toda a sua história foi de 102 gigawatts em 2012, utilizando 104 reatores. Hoje o país possui cerca de 92 reatores com uma capacidade de 95 gigawatts. Como os novos reatores devem ser menores, surge a necessidade de uma quantidade maior, diz a agência. 

Atualmente, a maior parte das usinas nucleares dos EUA são das décadas de 70 e 80. Construir reatores do modelo tradicional é caro e demorado, fazendo com que a tecnologia antiga continue sendo reaproveitada sem que haja grandes investimentos em um aumento do número de usinas. 

Energia nuclear nos EUA

Em entrevista para a Associated Press, Kathryn Huff, secretária assistente de energia nuclear dos EUA, explica que a demanda pela redução de carbono está acelerando a procura por energia nuclear no mundo. A estratégia, inclusive, é adotada pelo governo de Joe Biden para atingir a meta climática do país. 

Ainda assim, Huff reconhece que a energia nuclear pode trazer perigos e que por conta disso é necessário que exista um longo protocolo de controle e regulação.

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