Embora muitos torçam o nariz para o conceito de “geoengenharia solar”, um grupo de cientistas do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), sugere a sua aplicação em um projeto ambicioso: criar uma barreira a ser posicionada entre a Terra e o Sol para conter o avanço do aquecimento global.
A ideia não é exatamente nova e, vale ressaltar, é tratada como um cenário de emergência, ou seja, um projeto a ser considerado apenas quando várias outras opções de solução forem esgotadas ou se provarem inviáveis ou incapazes.
Segundo as mentes por trás do projeto, ele parte de uma premissa simples: se as mudanças climáticas chegarem a um ponto sem retorno, quais seriam nossas soluções?
Daí nasceu o projeto convenientemente chamado de Space Bubbles, que basicamente prevê a criação de uma barreira feita de filmes ultrafinos de silicone e outros materiais em forma de bolha, transparente mas ainda assim sólida o suficiente para barrar o calor – ou ao menos parte dele.
“Como as bolhas podem ser intencionalmente destruídas ao quebrar o equilíbrio de suas superfícies, isso tornaria a solução de geoengenharia solar totalmente reversível além de reduzir significativamente o lixo espacial”, diz um comunicado divulgado pelo consórcio.
Matematicamente falando, a ideia toda é plausível, por mais “coisa de filme” que ela possa parecer: “se essas bolhas desviarem apenas 1,8% dos raios solares, nós poderíamos reverter o aquecimento global por inteiro”, diz outro trecho.
A ideia seria posicionar essa grande barreira entre a Terra e o Sol em um dos cinco pontos de Lagrange – provavelmente um dos três primeiros. Você deve reconhecer o nome pois, no segundo ponto de Lagrange, está o telescópio espacial James Webb, a 1,5 milhão de quilômetros (km) da nossa posição.
Evidentemente, esse é um plano que dificilmente sairá do papel: o conceito de geoengenharia solar tem apoiadores, mas também tem muitos críticos – outros planos dentro deste “guarda-chuva” envolvem a disseminação de partículas de aerossol na atmosfera para, na prática, “diminuir o brilho” do Sol. Tal ideia, porém, pode ter consequências bem mais desastrosas, segundo especialistas.
Ainda assim, com todas as propostas de redução das emissões de carbono e todos os desequilíbrios naturais causados pelo homem, nós não estamos exatamente perto de cumprirmos qualquer objetivo estipulado pelos ambientalistas que cuidam do assunto.
De repente, uma ideia mais “coisa de filme” pode ser justamente o que precisamos.
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Fonte: Olhar Digital
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