Em sessão da Câmara, parlamentar deixou vazar um áudio em que ele falava ‘coisa de preto’ para se referir a uma limpeza mal feita
Em investigação, a polícia concluiu que o vereador de São Paulo Camilo Cristófaro (Avante) cometeu o crime de racismo. O caso investigado ocorreu durante uma sessão da Câmara Municipal na qual o parlamentar participava remotamente e deixou vazar um áudio em que ele falava “coisa de preto” para se referir a uma limpeza mal feita. Houve indignação por parte de colegas da Casa, que procuraram a corregedoria para iniciar um procedimento interno. A vereadora Luana Alves (PSOL) também procurou a delegacia de crimes raciais, dando início ao inquérito policial.Alves celebrou a finalização do inquérito policial nas redes sociais dizendo que foi “um trabalho técnico de altíssima complexidade (…) porque indiciar alguém por crime de racismo no Brasil não é uma tarefa simples”, disse ela. “Na maioria, das vezes é tipificado por uma injúria racial. Nesse caso, foi tipificado como crime de racismo”, completou.
Depois da fala, o vereador chegou a se justificar, reconheceu o erro, pediu desculpas, disse que faz parte de um tempo em que era comum normalizar esse tipo de comportamento e que precisava passar por uma desconstrução. Na Câmara, o processo que pode passar o mandato dele está parado em função de uma liminar da defesa do vereador falando de imparcialidade da relatora do processo. A liminar foi concedida pela justiça. A Câmara recorreu e uma decisão final ainda está sendo aguardada do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Na maioria das vezes essa é tipificada como injúria racial. Nesse caso, foi tipificado o crime de racismo, que é o mais grave dos crimes raciais, é imprescritível e INAFIANÇÁVEL!
Esse é um passo importante, alcançado pela luta do movimento negro. +
— Luana Alves (@luanapsol) June 21, 2022
*Com informações da repórter Carolina Abelin
Na maioria das vezes essa é tipificada como injúria racial. Nesse caso, foi tipificado o crime de racismo, que é o mais grave dos crimes raciais, é imprescritível e INAFIANÇÁVEL!
Esse é um passo importante, alcançado pela luta do movimento negro. +
— Luana Alves (@luanapsol) June 21, 2022
Fonte: Jovem Pan News
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