A busca pelo termo “golpe do empréstimo consignado” na internet teve um aumento de 250% em abril deste ano, segundo levantamento do IFE (Índice FinanZero de Empréstimos). À procura de alternativas para obter dinheiro extra, os brasileiros têm redobrado os cuidados diante das frequentes fraudes em mensagens via WhatsApp, SMS e e-mail.
No golpe do empréstimo consignado, o cibercriminoso normalmente se passa por uma instituição financeira, pedindo uma quantia para liberar um valor. O contexto é desfavorável: segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), fraudes contra clientes de bancos, incluindo as que envolvem acordos deste tipo, cresceram 165% no primeiro semestre de 2021, em comparação ao mesmo período no ano anterior.
“Normalmente são empréstimos com taxas muito atrativas”, pontua André Miceli, professor e coordenador do MBA de negócios digitais na FGV (Fundação Getúlio Vargas), em entrevista ao Olhar Digital.
Na abordagem mais comum, os cibercriminosos se passam por funcionários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Mas em algumas vezes, segundo Miceli, eles solicitam dados pessoais e bancários que serão utilizados para abrir contas fraudulentas.
“E aí há um processo que é ainda mais complexo, porque eles fazem solicitações em cartões de crédito e eventualmente pegam empréstimos no nome da vítima”, acrescenta o professor.
Desconfiança é arma para evitar golpes, diz especialista
Com o uso da tecnologia para pagamentos, pedidos de crédito e compras online, golpistas têm utilizado cada vez mais os meios digitais para realizar fraudes, como mensagens de SMS, links falsos e mesmo pedidos de Pix. Segundo Miceli, os principais alvos dos cibercriminosos são pessoas que não eram habituadas ao ambiente digital antes da pandemia e do isolamento social, como idosos.
Como medida de precaução, o especialista afirma que a desconfiança é “a grande arma”. “Sempre que receber uma oferta de crédito, seja por WhatsApp, SMS ou e-mail, é importante a pessoa verificar nos canais oficiais das instituições financeiras ou dos bancos se a proposta realmente existe”, esclarece. “Sendo um empréstimo consignado, por exemplo, se existem essas taxas que as pessoas oferecem. E nunca pague, não existe pagamento antecipado por empréstimo. Nenhuma instituição financeira vai pedir seus dados pessoais ou confirmar dado algum.”
Crédito da imagem principal: Motortion Films/Shutterstock
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Fonte: Olhar Digital
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