Sexta-feira, Novembro 22, 2024
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Rodrigo Garcia rebate ‘fracasso’ do lockdown de SP e diz que há uma ‘guerra permanente’ contra o crime

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Em entrevista ao Pânico, governador argumentou que a economia do Estado cresceu mais que a do restante do país durante a pandemia e declarou que sempre esteve do lado oposto a Lula

Nesta quarta-feira, 22, o programa Pânico recebeu o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). Questionado sobre a efetividade do lockdown no Estado durante a pandemia de Covid-19, o pré-candidato contestou a tese de que a economia paulista foi afetada. “Contra fatos não há argumentos. Não tem fracasso na economia de São Paulo. São Paulo cresceu cinco vezes mais que o Brasil, somos das poucas regiões do mundo que cresceu em 2020, ao lado de China Índia e Singapura. Tem opinião que devia ter fechado mais, fechado menos. Mas fato é que, do ponto de vista econômico, São Paulo cresceu”, argumentou. Com a alta dos roubos e furtos de celulares na capital, Rodrigo Garcia afirmou trabalhar para melhorar o desempenho da polícia na segurança da população. “Estamos investindo quase R$ 50 milhões por mês, dobrando os números de policiais nas grandes cidades, na rua. Blitz sem parar para enfrentar o crime. A Polícia Civil conseguiu desvendar muitas quadrilhas de celulares e Pix. Teve uma diminuição clara de furto e roubo nos mese de junho e maio, comparados a março e abril. Isso é uma guerra permanente, por mais que São Paulo tenha a melhor segurança pública do Brasil, ninguém está satisfeito aqui. Vamos ter que continuar equipando a polícia.”

Pré-candidato ao governo de São Paulo, Rodrigo Garcia não nega que a privatização da Sabesp possa entrar em discussão após uma eventual reeleição. “Em 2019, não tínhamos um ambiente propício nem para estudar isso, não tinha o marco regulatório do saneamento. Nesses três anos, a Sabesp adquiriu mais de 3 milhões de consumidores, o que valorizou as ações. Agora, ela está pronta para qualquer caminho que o gestor identifique como o melhor de São Paulo. Não se trata de dizer se vai vender ou não. Tem muitas limitações, sou governador, está na Bolsa e não quero gerar especulação”, disse. O governador antecipou que, para o debate, é necessário analisar quais seriam os objetivos de uma possível privatização da empresa de saneamento. “Eu sou um liberal, desde os 18 anos dentro de um partido, forjado aqui em São Paulo dentro do Democratas e do PFL, ao lado do PSDB. Você não pode ter essa de quero vender, privatizar, privatizar e privatizar. Você precisa saber o resultado de uma privatização. Lá atrás, [o governo] vendeu a CSN, quebrou o monopólio da Telesp, tudo por um objetivo claro que deu certo. Não é só vender por vender, tem que ter um objetivo. Existem ainda desigualdades em um país como o nosso.”

Garcia ainda opinou sobre a aliança entre o ex-governador Geraldo Alckmin e o Partido dos Trabalhadores, além da decisão do PSDB em apoiar a candidatura de Simone Tebet para o governo federal. “Na minha vida toda, o PT esteve de um lado e eu estive de outro. Continua assim. Respeito o ex governador Alckmin, mas não concordo com o que ele fez. O PSDB fez uma decisão em Brasília. Tem 400 alas lá dentro, mas a maioria tomou a decisão de apoiar Simone Tebet, e é isso que o PSDB de São Paulo vai fazer”, disse. Sobre as eleições de 2022, o governador tem esperanças de que sua candidatura cresça nos próximos meses. “Está longe a eleição, pela minha experiência. Hoje as pessoas discutem a eleição de presidência da República, estão ligadas nisso. Depois do 7 de setembro, eu brinco que a coisa começa. O cara se liga, escolhe governador, senador e deputado. Está tudo em aberto para ser decidido”, refletiu. Caso seja reeleito, Rodrigo Garcia afirmou que buscará manter um perfil neutro em relação a quem vencer as eleições presidenciais. “O paulista separa as coisas, sabe que governador tem um papel e o presidente da República tem outro. Não quero que São Paulo vire parque de diversões de nenhum projeto político. Quero melhorar a saúde, educação e segurança pública. Sou um governador independente, quero dialogar com lá e com cá. Tenho minhas ideologias, mas não as coloco na frente da gestão de São Paulo.”

Fonte: Jovem Pan News

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