Mais de 720 mil informações e dados de brasileiros já foram vendidos ilegalmente na dark web, constata uma pesquisa da empresa de cibersegurança NordVPN. O total das transações chega a R$ 88 milhões.

De acordo com o estudo, os preços de dados no Brasil variam de R$ 33,56 (números de cartões de crédito) a R$ 51,27 — os valores mais baratos, quando em comparação a outros países. O e-mail pessoal é considerado o item mais caro.

Entre outros objetos comercializados, estão passaportes, documentos de identidade, carteira de habilitação, números de telefone, contas online, logins de contas bancárias e contas de criptomoedas.

Segundo a pesquisa da NordVPN, o Brasil ocupa a oitava colocação no ranking de documentos de identidade mais baratos à venda na dark web. Em média, uma carteira de identificação falsa brasileira custa R$ 47,78. Para se ter uma ideia da depreciação, o mesmo item na Austrália e na França sai por, respectivamente, R$ 1.740 e R$ 1.100.

Ainda segundo a NordVPN, há pelo menos mais de 30 mil sites na dark web atualmente, o que evidencia que apenas 4% de toda a internet pertence à “superfície”. “O mercado analisado no nosso estudo foi escolhido porque sofreu grandes ataques cibernéticos no passado, evidenciando suas fragilidades”, declarou Adrianus Warmenhoven, especialista em segurança cibernética da empresa, em nota.

Contenção de riscos

Há várias formas de reduzir o risco de ter seus dados vendidos na dark web, segundo a NordVPN. A principal delas é criar senhas distintas e alfanuméricas para cada acesso em sites — se uma for descoberta, as demais ainda estarão em segurança.

Além disso, reagir rápido ao perceber movimentações suspeitas e estar atento a transações não-identificadas em extratos bancários. No caso de qualquer compra desconhecida, bloquear o cartão imediatamente.

“O amplo escopo dos dados oferecidos nesses mercados criminosos mostra a importância de cuidar da segurança e privacidade online”, pontua Warmenhoven. “A segurança cibernética está em nossas mãos. Quanto mais conhecimento dos riscos, mais é possível se proteger com ferramentas e informações certas, maximizando a segurança de todos.”

Crédito da imagem principal: Alexander Geiger/Shutterstock

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