Decisão vem em um momento que o país vive uma epidemia de violência armada; Câmara dos Representantes deve ratificar a proposta nesta sexta
Os Estados Unidos avançaram na noite de quinta-feira, 23, no assunto vendas de armas de fogo. Após o aumento da epidemia de violência armada no país, o Senado aprovou um projeto de lei que restringe a venda de armas e destina verbas para a saúde mental e segurança escolar. “Esta lei bipartidária ajudará a proteger os americanos”, afirmou o presidente norte-americano Joe Biden em comunicado publicado logo após a votação no Senado. “As crianças nas escolas e as comunidades estarão mais seguras graças a ela”.
Essa decisão vem horas depois da Suprema Corte derrubar a lei de Nova York de 1913 que requeria que uma pessoa comprovasse a necessidade legítima de defesa pessoal para receber permissão para o porte de armas em público e impedia os estados de restringir o direito das pessoas a possuir armas. O projeto ainda deve ser ratificado pela Câmara dos Representantes nesta sexta-feira, 24, entretanto, a nova lei não atende às demandas dos críticos das armas e do presidente Biden, mas são consideradas um avanço.
“O Senado dos Estados Unidos está fazendo hoje à noite algo que muitos achavam impossível até algumas semanas atrás: estamos aprovando a primeira lei significativa de segurança de armas em quase 30 anos”, disse o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer. “O projeto de lei de segurança de armas que estamos aprovando esta noite pode ser descrito por três adjetivos: bipartidário, de bom senso, salva vidas”, completou.
O projeto bipartidário teve o apoio de 50 senadores democratas e 15 republicanos e inclui: melhor verificação de antecedentes para compradores com menos de 21 anos, US$ 11 bilhões em financiamento para saúde mental, US$ 2 bilhões para programas de segurança escolar e aloca fundos para incentivar os estados a aplicar leis de “alerta” para remover armas de fogo de pessoas consideradas ameaçadoras. O senador Chris Murphy, que liderou as negociações pelos democratas, celebrou a conquista e classificou como um dia histórico. “Esta será a lei mais significativa contra a violência armada que o Congresso aprovou em três décadas”, disse no plenário.
Fonte: Jovem Pan News
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