A Embraer anunciou um contrato para conversão de até 10 aeronaves E-Jets em aviões de carga (P2F, na sigla em inglês) com propulsão elétrica. No centro do movimento, veículos pertencentes à atual frota do cliente, não identificado pela nota oficial da empresa brasileira.
Conforme traz a Embraer, este é o primeiro contrato firme para a conversão de E-Jets, sendo o segundo movimento para esse tipo de operação. Isso porque, em maio deste ano, a empresa anunciou um acordo com a Nordic Aviation Capital (NAC) para ter até 10 posições de conversão para os jatos E190F/E195F.
As conversões para cargueiro serão realizadas nas instalações da Embraer no Brasil, em São José dos Campos (SP), com as entregas começando em 2024. São procedimentos que incluem a porta de carga dianteira principal, os sistema de movimentação de carga, o reforço do piso, a barreira de carga rígida (RCB, na sigla em inglês) – barreira 9G com porta de acesso e o sistema de detecção de fumaça de carga (compartimento de carga do convés principal classe E).
Conversões resultam em economia para as aeronaves
Também serão realizadas alterações no Sistema de Gestão do Ar (arrefecimento, pressurização, etc), remoção de interior e provisões para transporte de materiais perigosos. De acordo com a Embraer, as conversões para cargueiros dos E-Jets oferecem desempenho e economia superiores no segmento.
Ou seja, os E-Jets cargueiros terão mais de 50% de capacidade de volume. Além disso, os aviões terão três vezes mais alcance que grandes turboélices de carga e custos operacionais até 30% menores do que aeronaves narrowbodies (compostas de fuselagem estreita).
Combinando os compartimentos de carga inferior e superior, a carga útil estrutural máxima é de 13.150 kg para o E190F e de 14.300 kg para o E195F. Considerando a densidade de carga típica do comércio eletrônico, os pesos e volumes líquidos ficam em 10.700 kg de carga útil para o E190F, enquanto o E195F tem uma carga útil de 12.300 kg.
Fonte: Olhar Digital
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