No início deste ano, o primeiro estágio de um foguete, com cerca de três toneladas, colidiu com a Lua. O choque, que já estava previsto havia meses, aconteceu na manhã do dia 4 de março, às 9h25 (pelo horário de Brasília).
O local da colisão foi a cratera Hetzsprung, com 530 km de diâmetro, localizada no lado distante da Lua, que não é visível aqui da Terra. Na época, cientistas acreditavam que os efeitos do impacto seriam, no máximo, uma pequena cratera e um pouco de poeira.
Para surpresa de todos, imagens das proximidades de Hetzsprung feitas pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da NASA, recebidas recentemente pelas equipes científicas, mostram que, na verdade, foram formadas duas crateras em consequência da colisão: uma cratera oriental (com 18 metros de diâmetro) sobreposta a uma cratera ocidental (com 16 metros de diâmetro).
Segundo um comunicado da agência, a cratera dupla pode indicar que o corpo do foguete tinha grandes massas em cada extremidade. Normalmente, um foguete usado tem massa concentrada na extremidade em que está o motor. O resto do estágio consiste principalmente de um tanque de combustível vazio.
Embora especulações dizem se tratar de um foguete chinês, ainda não se sabe ao certo sua origem, que, primeiramente, chegou a ser atribuída à SpaceX. “Como a origem do foguete continua incerta, a natureza dupla da cratera pode ajudar a indicar sua identidade”, disse Mark Robinson, investigador principal da câmera da LRO.
Outros foguetes já se chocaram contra a Lua, mas nenhum outro impacto criou crateras duplas. As quatro crateras deixadas pelos estágios SIV-B dos foguetes das missões Apollo 13, 14, 15 e 17 tinham contornos um pouco irregulares e eram substancialmente maiores (mais de 35 metros) do que cada uma das crateras duplas.
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Fonte: Olhar Digital
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