Na manhã da última terça-feira (28), a NASA finalmente lançou a missão CAPSTONE, após inúmeros adiamentos. O pequeno cubo vai ser enviado para realizar estudos em uma rotação ao redor da Lua. No entanto, apesar de ter sido lançada, a sonda ainda vai demorar para chegar em sua posição, a expectativa é que ela esteja no local planejado no dia 13 de novembro.
Esse tempo chamou atenção de muita gente. As missões tripuladas da Apollo, por exemplo, alcançaram o satélite em apenas três dias. Então qual o motivo de tanta demora para a CAPSTONE chegar na Lua?
O motivo principal é o foguete. A Apollo 11 foi lançada usando o poderoso Saturno V, o maior modelo já lançado. Já a CAPSTONE possui o tamanho de um “forno de microondas” e foi lançada com um foguete muito menor. O Electron, da Rocket Lab, é um “pequeno” foguete de 18 metros de altura, normalmente usado para lançar pequenos satélites para a órbita da Terra.
Por conta disso, a CAPSTONE vai fazer uma rota considerada “eficiente”, que preza pela economia de combustível. Conhecida como trajetória de transferência lunar balística (BLT), a rota acaba sendo mais longa do que as comumente usadas para chegar na Lua.
“Os BLTs são um tipo de transferência de baixa energia em que uma nave espacial lança 1-2 milhões de quilômetros de distância da Terra (onde a perturbação da gravidade do sol se torna dominante), então retorna à Terra com um raio maior de perigeu do que antes e um plano de órbita geocêntrico diferente”, explica o documento que descreve a trajetória da empresa Colorado Advanced Space, que opera a CAPSTONE em parceria com a NASA.
Nesse momento, a sonda ainda está acoplada ao ônibus espacial Photon, que realizará uma série de queima de motores nos próximos dias para levar a CAPSTONE cada vez mais longe do nosso planeta. No sexto dia após a decolagem, o Photon realizará uma queima final, aumentando a velocidade da dupla para 39.500 km/h, velocidade que vai colocar a sonda no caminho da Lua.
Missão CAPSTONE na Lua
A missão vai colocar a CAPSTONE em Near-rectilinear halo orbit (NRHO), posição da órbita da Lua em que a NASA pretende instalar a estação espacial Gateway, parte fundamental do programa Artemis. A expectativa é que o ponto seja extremamente estável, mas como nenhuma nave ocupou a posição anteriormente, o teste é sempre um desafio.
“CAPSTONE é um exemplo de como trabalhar com parceiros comerciais é fundamental para os ambiciosos planos da NASA de explorar a Lua e além”, disse Jim Reuter, administrador associado da Diretoria de Missões de Tecnologia Espacial da NASA. “Estamos entusiasmados com o início bem-sucedido da missão e ansiosos pelo que o CAPSTONE fará quando chegar à Lua”.
A missão de mais de R$ 120 milhões é liderada pela NASA e pela empresa Advanced Space, além da Rocket Lab. O lançamento também é um marco para a exploração espacial por empresas privadas. Essa é, por exemplo, a primeira vez que a Rocket Lab lança uma missão para o espaço profundo.
Via Space
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Fonte: Olhar Digital
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