Uma revisão de pesquisas das Universidades da Columbia e Stanford descobriu que crianças sofrem com a poluição desde a gestação de suas mães, o que se estende até a vida adulta.
Publicado no New England Journal of Medicine, o estudo apontou que devido bebês e crianças terem os corpos e a mente menores, ainda em desenvolvimento, elas são mais suscetíveis às condições ambientais, principalmente quando se trata de poluentes e calor. Os danos começam quando ainda estão no útero, já que suas mães respiram o ar poluído que é transmitido diretamente ao bebê.
Entre os principais danos, foram identificadas consequências diretas aos pulmões e redução nas habilidades intelectuais. Estudos anteriores também mostraram que poluentes podem colaborar para um baixo peso ao nascer, partos prematuros e também natimortos (morte do feto).
Outros artigos ainda observaram que produtos químicos no ar e outros tipos de poluição podem causar defeitos congênitos, incluindo problemas com o desenvolvimento do cérebro. Diversos efeitos também foram ligados à inflamações e problemas de saúde na vida adulta.
Poluição e o futuro das crianças
A revisão prevê que para essas crianças haverá ainda mais um desafio: enfrentar futuras mudanças climáticas com diversos impactos ainda desconhecidos, já que as alterações estão afetando alimentos, que estão ficando menos nutritivos, e as reações do planeta, que está respondendo com mais furacões, tornados, ondas de calor e inundações.
Os dados ainda antecipam que o resultado dessas mudanças provavelmente também levará a mais guerras e conflitos, o que trará crises econômicas, traumas e instabilidade familiar. O retorno de algumas doenças também está listado como um risco.
De acordo com o Medical Xpress, que divulgou a pesquisa, a revisão serve como um alerta para que entidades mudem desde agora suas práticas direcionadas aos cuidados de crianças. O artigo também serve como um reforço nas medidas em prol do meio ambiente.
Fonte: Olhar Digital
Comentários