Um grupo de especialistas da Food and Drug Administration (FDA) órgão regulador dos Estados Unidos, recomendou a aprovação de reforços específicos para a variante Ômicron nas vacinas contra a Covid-19 que serão distribuídas a partir de setembro no país. 

Um dos integrantes do grupo e professor de medicina na Universidade de Virgínia, Michael Nelson, apontou que está preocupado com uma possível redução da eficácia da vacina utilizada atualmente, o que pode gerar uma série de consequências mais graves. “Precisamos nos mexer mais cedo do que tarde”, disse.

Durante o debate, a maioria dos especialistas relatou ser a favor de novas vacinas chamadas de “bivalentes”, que podem ser desenvolvidas com foco na variante original da Covid-19 e nas sublinhagens BA.4 e BA.5, formas mais recentes da variante Ômicron. 

“Enquanto variantes de preocupação anteriores (como Alfa e Delta) se dissiparam eventualmente, a Ômicron e suas linhagens posteriores se tornam dominantes em 2022, a ponto de representarem a grande maioria dos casos de Covid no mundo”, explicou o especialista Jerry Weir. 

Apesar da preocupação dos especialistas ser com as sublinhagens mais recentes da Ômicron, as vacinas que estão sendo desenvolvidas nos laboratórios da Pfizer e Moderna têm como alvo a sublinhagem BA.1, que foi dominante no início do ano.  

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Imagem: StepanPopov/Shutterstock

Dados iniciais da Pfizer chegam a apontar que essas vacinas que estão em desenvolvimento também induziram um aumento da resposta imune contra as sublinhagens BA.4 e BA.5. E, provavelmente, esses sejam os imunizantes candidatos a distribuição em setembro nos Estados Unidos.

Via: O Globo