O anúncio de Mark Zuckerberg de que o Facebook estava entrando no mundo do Metaverso despertou a curiosidade não só dos aficionados em tecnologia, mas também daqueles que trabalham nas redes sociais. O que é esse novo universo digital? Como se dão as relações neste novo ambiente digital? O que vai mudar no mundo real? Esses foram os questionamentos que surgiram no que posso chamar de “primeiro encontro” com o Meta [aqui usado como abreviação de Metaverso].
Mas, caros leitores, essas dúvidas não ficaram restritas apenas a estes públicos. O Metaverso também “brilhou os olhos” das marcas que viram nesse universo de realidade virtual uma possibilidade para ampliar e adotar novas estratégias de marketing de influência. Essas empresas, que durante o ‘boom’ das redes sociais investiram em influenciadores digitais/creators, vislumbraram uma excelente oportunidade de alavancar seus resultados a partir das diversas possibilidades apresentadas por essa utopia futurista, as quais eu destaco:
● criação de avatares, como uma representação do ser humano, usando a tecnologia tridimensional;
● criação de workrooms – espaços on-line para reuniões no mundo Meta;
● e a possibilidade de fazer nesse mundo virtual quase tudo que é feito no mundo real, como trabalhar, ir para shows, se reunir com a família, fazer compras, brincar, criar coisas e viver novas experiências para além do que conhecemos em tecnologia dos nossos computadores e smartphones (ainda que você tenha um iPhone, tá?).
As marcas já compreendem o que é o Metaverso, e querem saber o que podem investir e o que terão de retorno com esse conglomerado de tecnologias – Realidade Aumentada, Realidade Virtual, Blockchains e criptos. Bem-vindos à Matrix! E muitas começaram criando avatares com o objetivo de humanizar a experiência dos consumidores com as marcas, que passaram a ser influenciadores 100% virtuais dessas empresas. E os resultados, em muitas dessas empresas, foram tão bons que esses personagens, além de terem personalidade própria, ganharam redes sociais individuais – ou seja, à parte das marcas -, e até mesmo fãs clubes.
Entretanto, algumas marcas foram além e lançaram coleções – outros produtos -, compraram salas e estão vendendo no Meta. Até mesmo festival de música eletrônica e shows estão ocorrendo nesse incrível mundo virtual. Aproveito que usei esse termo para questionar: se nos referimos à realidade concreta como mundo real, seria o Metaverso o mundo irreal? Deixo este questionamento para vocês refletirem.
Voltando aos influencers e creators, esse terreno virtual tem se mostrado muito fértil. Profissionais já estão atentos a isso e a pesquisa realizada pela Youpper Insights – empresa especializada em Pesquisa de Mercado, Planejamento de Marketing e Relacionamento – comprova: 55% dos influenciadores digitais se veem produzindo conteúdo para o Meta. Pois bem, acredito que você, lendo este texto, esteja se perguntando: mas como a marca ganha investindo no Metaverso?
Os ganhos com o investimento no Metaverso são vários, como o alcance maior de público – principalmente dos jovens -; a criação de um relacionamento mais estreito com o seu público, por transmitir opiniões consideradas mais verazes, já que o personagem (avatar) vai vivenciar diversos tipos de experiências no Meta; a possibilidade de influenciar o público fora do Metaverso também, por meio das redes sociais – e também aumentar os ganhos, já que os usuários serão influenciados a adquirir ou estar inserido àquela marca.
Não, neste artigo não irei me atrever a fazer um contraponto e apontar quais são os pontos negativos. Não acredito que há elementos palpáveis para fazer essa indicação. A quase perfeita utopia digital, como me referi acima, é realidade, mas também é um cosmos que deve ser investigado incansavelmente. Ainda não sabemos todo o potencial do Metaverso, ainda não normalizamos esse mundo virtual nas sociedades. E eu acredito que estamos com “a faca e o queijo na mão” para ter ganhos espetaculares em todos os campos, especialmente no marketing de influência.
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Fonte: Olhar Digital
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