A Research and Markets estima que a receita mundial de plataformas de desenvolvimento low-code em 2020 tenha movimentado US$12,5 milhões e até 2030 chegue a US$ 190,8 milhões, representando um crescimento anual de mais de 30%.
Atualmente, o low-code é uma realidade e várias empresas estão avaliando a adoção da tecnologia e dos seus benefícios para endereçar os desafios com as áreas de TI e de negócios. Essa ferramenta pode ser aplicada em todas as verticais, desde indústria, serviços financeiros, saúde, até no varejo. O reflexo desse crescimento é uma curva ascendente de aceitação do mercado, acelerado pela transformação digital que vem acontecendo.
As empresas passaram nos últimos anos por necessidades de mudança, em que a tecnologia assumiu um papel estratégico junto a todos os setores da companhia (financeiro, RH, marketing, produção etc.). Dessa maneira, os processos inerentes a essas áreas, que impactam o negócio final das empresas, foram digitalizados, trazendo mais performance, segurança e agilidade.
As pessoas hoje têm acesso às informações e decidem suas ações com um clique por meio de um device na palma da mão. Por isso, as empresas tiveram que se readaptar a esse novo formato para chegar ao seu consumidor. Alguns fatores que aceleraram essa necessidade de transformação são: melhora de infraestrutura e conexão, acesso às informações independentemente da localização, o consumidor no centro de decisão e a crise sanitária acarretada pela covid-19 como motor de mudança de modelo de trabalho e consumo de produtos e serviços.
O desafio desse aumento de demanda por “digitalização” em todas as áreas das empresas assim como a escassez de profissionais de TI, fizeram com que as companhias necessitassem de ferramentas para agilizar o desenvolvimento de soluções digitais. Com isso, a adoção de plataformas low-code teve uma aceleração nos últimos anos, pois essa tecnologia tem como principal benefício a agilidade no desenvolvimento de serviços on-line em comparação com o modelo tradicional.
O low-code acelera as entregas de soluções nas companhias; e isso hoje é um desafio do CIO, pois existe uma demanda no mercado que preza por velocidade. As empresas procuram mais satisfação dos clientes, diminuição dos custos, aumento de produtividade e melhores entregas.
Dar autonomia para que as áreas de negócios possam desenvolver soluções direcionadas ao seu dia a dia, com uma plataforma que permite à área de TI mais governança e padrão sobre tudo que é desenvolvido, faz com que o low-code construa um papel importante nesse momento de mudanças. O que não significa que a ferramenta também não tenha seus desafios.
Afinal, o low-code ainda sofre alguma resistência pelo desconhecimento do profissional habituado a desenvolver soluções digitais de modo tradicional. Mas também já é possível notar uma quebra de paradigma nesse sentido, já que a tecnologia em questão vem demonstrando cada vez mais seu valor.
Diante do que foi exposto, a expectativa para esse mercado é otimista. Aposto no crescimento acelerado de soluções digitais baseadas em ferramentas low-code. É uma evolução contínua, que atende aos requisitos técnicos de arquitetura de desenvolvimento, acompanhando as melhores práticas de mercado e entregando soluções modernas para o cliente. Basta que isso não seja feito de forma “slow” e sim “fast”.
*Tiago Farias é CO-CEO da TrueChange
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Fonte: Olhar Digital
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