O milionário William Sachiti, que fez fortuna com sua especialização em robótica e inteligência artificial (IA), adquiriu um radar britânico criado no auge da Guerra Fria para, segundo o próprio, procurar objetos voadores não identificados (OVNIs).
Em entrevista ao Motherboard, Sachiti disse que a parte dos OVNIs “foi meio que uma piada”, mas assegurou que muitos o levaram a sério, abordando-o para ressuscitar o radar com o objetivo específico de caçar sinais que não podem – ou que não querem ser – explicados pelas autoridades de aviação.
Sachiti fez a postagem no fórum online de forma anônima, mas descobrir a sua identidade foi relativamente fácil: ele postou a foto do radar – um gigantesco AMES Type 84, do qual o governo britânico construiu apenas cinco. A foto também tinha alguns detalhes da localização do radar, a 11 quilômetros (km) de Norwich, em Norfolk.
Nessa região está a estação de monitoramento RAF Neatishead, e a sua venda em maio deste ano foi notícia por ter sido comprada…por William Sachiti.
Apesar de alegar o tom de piada, Sachiti parece entusiasmado com a ideia de usar o sistema de radar da Guerra Fria para caçar OVNIs: “Obviamente, existem os caçadores desses objetos”, ele comentou. “Não acho que caiba a mim decidir qual o melhor uso dessa tecnologia no mundo moderno. Desde que ela não machuque ninguém nem seja intrusiva…eu tenho a estrutura, vamos dar vida à ela”.
O milionário admite uma crença na ideia de que alienígenas já estejam entre nós, mas não tenham buscado contato por qualquer razão: “o motivo pelo qual não me importo muito com isso é o fato de que tudo isso é discutido há tempos e não há nenhuma informação que nos permita tomar ação. Se uma formiga decidisse estabelecer relações com humanos, nós saberíamos? Esses OVNIs, se é que há alguma inteligência por trás deles, bem, eles vêm nos ignorando na maior parte do tempo”.
A razão pela compra da estação de radar, porém, é bem mais simplista: a estrutura estava abandonada há tempos e, conforme os anos passavam, ela estava começando a se degradar e erodir. Sachiti a via com frequência e pensou “algo precisa ser feito”, e o resto, como ele próprio contou, “é história”.
A partir daí, ele pensou em aplicar a sua nova aquisição dentro de seu negócio – Sachiti comanda a empresa Kar-go, que usa carros de direção autônoma para fazer entregas de pacotes por toda a Grã-Bretanha. A ideia era usar a estação como centro de desenvolvimento para os produtos da companhia. Segundo ele, toda a área tem estradas pavimentadas, mecanismos subterrâneos – “tudo o que uma empresa precisa”.
Entretanto, o radar da Guerra Fria, posicionado na estação, é o que nós brasileiros entendemos como “artefato tombado”, ou seja, o governo o reconhece como um patrimônio histórico e cultural e, consequentemente, ele não pode ser demolido.
Ver a degradação de algo que ele foi forçado a manter deixou o milionário entristecido, então já que não poderia derrubá-lo, decidiu utilizá-lo: “isso é mais sobre dar uma nova vida a algo que, de outra forma, lentamente cairia no esquecimento”, ele disse. “Vamos dar a ele algum tipo de vida novamente, porque ele é magnífico”.
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Fonte: Olhar Digital
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