País enfrenta uma crise econômica que ameaça deixar os moradores sem itens básicos para sobrevivência; Gotabaya Rajapaksa deve deixar cargo no dia 13 de julho
AFPO presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, prometeu neste sábado, 9, que vai renunciar ao cargo no dia 13 de julho. “Para garantir uma transição pacífica, o presidente disse que apresentaria sua renúncia”, disse o parlamentar, Mahinda Abeywardana, em declaração transmitida pela televisão. O anúncio vem em um momento em que o país enfrenta uma crise sem precedentes que provocou uma inflação galopante, com uma grave escassez de combustíveis, energia elétrica, alimentos e medicamentos. A ONU calcula, entre outras coisas, que quase 80% da população pula as refeições para enfrentar a falta de alimentos e a alta dos preços.
Neste sábado, dezenas de manifestantes invadiram o palácio presidencial exigindo a renúncia de Rajapaksa. Uma multidão atacou e incendiou a a residência privada do primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe, segundo as policiais e do governo. Os protestos acontecem um dia após ser anunciado um toque de recolher que não foi respeitado e alguns colaboradores, como as autoridades ferroviárias, foram obrigados a transportá-los alguns dos manifestantes até Colombo para participar na manifestação. O primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe, primeiro nome para substituir o presidente, também afirmou que está disposto a renunciar visando que o país tenha um governo de unidade nacional.
Crise sem precedentes
A crise, com uma dimensão sem precedentes desde a independência do país em 1948, é atribuída à pandemia de Covid-19, que privou a ilha da Ásia meridional das divisas do setor turístico, e foi agravada por uma série de péssimas decisões políticas, segundo os economistas. A ONU pediu calma às autoridades e ao governo do Sri Lanka. Em maio, nove pessoas morreram e centenas ficaram feridas durante os distúrbios no país. Em abril, o Sri Lanka declarou a moratória da dívida externa de 51 bilhões de dólares e iniciou negociações para um plano de ajuda do Fundo Monetário Internacional.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan News
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