O Booster 7, o mais recente protótipo do foguete Super Heavy, pegou fogo durante a realização de um teste de giro de motor, de acordo com explicações fornecidas pelo CEO da SpaceX, Elon Musk, pelo seu perfil oficial no Twitter: “isso não é bom”, disse o bilionário.
O teste ocorreu na última segunda-feira (11) e é parte das avaliações técnicas que, se aprovadas, poderão finalmente conduzir a SpaceX ao primeiro voo orbital da nave Starship, o veículo de transporte interplanetário que usa o Super Heavy como propulsor primário de lançamento.
De acordo com Musk e confirmações posteriores da SpaceX, o problema foi em um dos 33 motores Raptor acoplados ao protótipo do Super Heavy. Embora não tenha detalhado qual exatamente foi a falha, o bilionário disse que os Raptors têm “uma sequência de ignição bastante complexa”.
Felizmente, nenhum dano majoritário foi relatado e ninguém se feriu. O fogo, ao que tudo indica, sequer precisou ser controlado e apagou tão rápido quanto acendeu. A SpaceX não informou quando pretende retomar os testes do Booster 7. Musk, no entanto, disse que, no futuro, a empresa vai evitar fazer essas avaliações de ignição com todos os motores Raptors ao mesmo tempo.
O NASASpaceFlight estava fazendo a transmissão ao vivo do teste pelo YouTube e capturou o momento exato da combustão. No vídeo, que você vê ajustado abaixo segundos antes do estouro, pegou os narradores de surpresa:
O Super Heavy, junto da nave Starship, consiste da maior plataforma de lançamento espacial da história, superando o então recordista Saturn V, de 1967. Ao contrário de outros sistemas, que normalmente acoplam a nave ou outro veículo “nas costas” de um foguete, o Super Heavy é “encabeçado” pela Starship.
O principal atrativo é o de que tanto o foguete propulsor como a nave serão totalmente reutilizáveis, reduzindo grandemente custos de desenvolvimento de novos veículos de transporte e permitindo repetidas viagens – algo importante para, por exemplo, a entrega de equipamentos e suprimentos a bases extraterrestres.
Neste ponto, o Booster 7 deve ser o primeiro a executar um voo orbital completo.
O projeto é possivelmente o mais importante da atualidade para a SpaceX, empresa aeroespacial fundada por Elon Musk em março de 2002: se tudo correr bem – e não há indícios de que não correrá, apesar de alguns percalços -, a plataforma deve ser adotada pela agência espacial norte-americana (NASA) para conduzir algumas missões do Programa Artemis – o projeto da agência que levará o homem de volta à Lua.
Outras ideias que flutuam pelos corredores da NASA envolvem usar a Starship para missões tripuladas a Marte.
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Fonte: Olhar Digital
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