Líderes do ato pediam um encontro com a nova ministra da Economia, Silvina Batakis
A última quinta-feira, 14, foi marcada por mais um dia de protestos na Argentina contra o governo do presidente Alberto Fernández. Manifestantes ocuparam a avenida 9 de Maio e a frente da Casa Rosada, sede do governo argentino. As manifestações ocorrem em meio à alta da inflação no país. Novos dados mostraram que a taxa acumulada até junho, nos últimos 12 meses, chegou a 64% de inflação. Os líderes do ato pediam um encontro com a nova ministra da Economia, Silvina Batakis, que assumiu a pasta em junho.
Com coletes vermelhos, um grupo do Movimento Sem Trabalho cobrava socorro do governo Fernández. Os cartazes faziam apelos por melhores salários e um basta para o aumento da inflação. Os manifestantes também pediram a saída do país do Fundo Monetário Internacional (FMI). A exigência de que a Argentina abandone seus compromissos com o FMI é justificado porque as medidas impostas pelo órgão internacional para equilibrar as contas são consideradas impopulares porque reduzem o poder de investimento do país em projetos sociais e fazem elevar as taxas de juros.
A Argentina se tornou a maior devedora do FMI, com uma dívida acumulada de cerca de US$ 44 bilhões (R$ 246 bilhões). Ao assumir, a nova ministra da Economia de Fernández havia dito que alguns termos do acordo deveriam ser revistos, mas logo depois voltou atrás e disse que o governo tem que manter suas metas. Uma das pautas dos protestos é um salário básico universal equivalente a R$ 850 por pessoa para resistir à inflação. Em entrevista coletiva, a porta-voz da Casa Rosada, Gabriela Cerruti, afirmou que todas as ferramentas podem ser discutidas, mas que neste momento as que estão funcionando são fortalecidas por parte do governo.
*Com informações do repórter Victor Hugo Salina
Fonte: Jovem Pan News
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