As imagens obtidas pelos satélites que acompanharam, em maio deste ano, o eclipse lunar total, revelaram mudanças dramáticas irregulares na temperatura de toda a superfície da Lua.
De acordo com o Observatório da Terra da Nasa, os satélites captaram uma série de imagens que mostram temperaturas variáveis na superfície do astro durante as quatro horas de duração do fenômeno, que é considerado o mais longo das últimas três décadas.
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Os sensores também observaram a intensidade da luz infravermelha que irradiava da superfície lunar, assim como, a temperatura de sua superfície, conhecida por “temperatura de brilho”. As medições mostram que houve variação de calor à medida que a sombra da Terra passava sobre a Lua.
O cientista de instrumentos, Denis Reuter, declarou ao Space que a temperatura cai a uma velocidade de 100ºC por hora quando o eclipse total começa. Isso ocorre porque a Lua carece de atmosfera capaz de reter calor, razão que explica a queda drástica de temperatura quando o calor do sol é bloqueado pela sombra da Terra.
Contudo, os cientistas observaram que as características físicas da superfície lunar também influenciaram as mudanças de temperatura observadas. Por exemplo, a superfície lunar é composta por uma poeira fina e rochosa conhcida por “regolito lunar”. O pequeno tamanho e a baixa densidade desta poeira solta contribuem para a perda de calor.
Uma curiosidade foi observada nas crateras na lua que, apesar de serem mais frias, perdem calor mais lentamente do que a superfície durante um eclipse lunar total.
As imagens de satélite mostram que quando uma das crateras estava na sombra total, criada pelo eclipse, parecia manter-se relativamente brilhante, ou quente, em comparação com o terreno ao redor.
Uma possível explicação é que as crateras contêm menos pó de grão fino ou mais material responsável por conduzir o calor.
De acordo com os investigadores, estas medições ajudarão a compreender melhor as relações entre as observações térmicas e a composição física da superfície de corpos celestes distantes.
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Fonte: Olhar Digital
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